Cada bispo forma padres a seu jeito, enquanto não sai a Ratio ou normas para os seminários, aprovada há dois anos pela CNBB, mas ainda na dependência da chancela do Vaticano.

Os métodos e exigências variam de diocese para diocese, mesmo quando os seminaristas estudam numa mesma faculdade, como acontece em Campinas, onde alunos de Filosofia e de Teologia que se preparam para o sacerdócio frequentam todos a PUC, mas moram em casas separadas.

Alexandre Boratti Favretto, de 23 anos, Antônio Carlos de Almeida, de 47, e Cássio Roberto Rossette, de 33, alunos de Teologia da diocese de Limeira, acham que a mentalidade de seu seminário, em Campinas, é mais aberta que a de outras casas de formação, embora o regime seja parecido.

O curso apresenta duas linhas da Igreja, a libertadora e uma mais conservadora, como perspectiva pastoral, mostrando a fonte de onde vieram as duas tendências, informaram os seminaristas. A Teologia da Libertação é uma referência, “um dos elementos de formação e também uma das perspectivas, mas não a única”. O currículo não inclui mais o latim.

No Seminário Maria Mater Ecclesiae (Maria Mãe da Igreja), em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, 12 padres da Congregação dos Legionários de Cristo, de origem mexicana, formam padres para 15 dioceses. São 130 alunos do Propedêutico (curso médio), Filosofia e Teologia vindos de várias regiões, principalmente do Nordeste.

“Temos também seminaristas da Arquidiocese Militar, sediada em Brasília, que nos confia a formação de futuros capelães”, informa o padre gaúcho Celso Nogueira, professor e diretor espiritual. Os alunos estudam latim, grego e hebraico. As aulas são no próprio seminário, um moderno e vistoso conjunto de prédios doado pela Construtora Camargo Corrêa.

[b]Fonte: Estadão[/b]

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