A esposa de um pastor iraniano que foi condenado a dez anos de prisão também recebeu uma sentença de cinco anos.
Shamiram Isavi Khabizeh, esposa de Victor Bet-Tamraz, foi acusada de “agir contra a segurança nacional e contra o regime ao organizar pequenos grupos, participar de seminários no exterior e treinar líderes da igreja e pastores para ser espiões”, de acordo com o grupo cristão de advocacia Middle East Concern (MEC).
Ela vai apelar da sentença, que foi dada no Tribunal Revolucionário de Teerã, capital do país, no dia 6 de janeiro.
Shamiram já foi detida em junho do ano passado, mas libertada após pagar fiança no valor equivalente a 30 mil dólares (cerca de 96 mil reais). Seu marido, condenado em julho do ano passado por “agir contra a segurança nacional ao organizar e liderar igrejas domésticas”, atualmente aguarda o resultado de seu apelo. O filho do casal, Ramil, também enfrenta as mesmas acusações do pai.
O país ocupa a 10ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2018, que acaba de ser lançada.
Na República Islâmica do Irã, clérigos detém o poder sob controle do supremo líder Ayatollah Khomeini. Líderes atuais veem a expansão da influência do islamismo xiita no Oriente Médio como meio de continuar a revolução. Logo, o cristianismo é considerado uma influência ocidental e uma ameaça à identidade islâmica da República.
A situação geral de perseguição no Irã é causada por um governo islâmico estrito que tem o objetivo de erradicar ou restringir qualquer influência – incluindo o cristianismo – que possa ameaçar sua posição de poder. Cristãos ex-muçulmanos são os que vivenciam maior perseguição. Além dos cristãos, direitos de outras minorias religiosas como judeus, bahá’ís e zoroastrianos, bem como muçulmanos dervixes e sunitas também são perseguidos.
Devido à pressão do governo, quase todas as igrejas que fizeram cultos na língua persa foram fechadas nos últimos cinco anos e seus líderes foram presos. O alto nível de violência é expresso no aumento do número de cristãos presos no país.
A Igreja Perseguida no Irã precisa das orações.
Fonte: Missão Portas Abertas