Depois de pagamento de resgate, jihadistas libertam 16 homens, duas mulheres e uma criança. Negociações continuam para soltar mais pessoas da mesma etnia após sequestro de pelo menos 220 há uma semana.
Após o sequestro de pelo menos 220 assírios na semana passada, os terroristas do “Estado Islâmico” (EI) libertaram 19 reféns depois do pagamento de resgate. O grupo é formado por 16 homens, duas mulheres e uma criança.
Os cristãos assírios libertados pelos jihadistas chegaram neste domingo (01/03) a uma igreja assíria cristã localizada em Hasaka, no nordeste da Síria. As negociações para libertação dos outros reféns continuam.
“Dezenove reféns assírios chegaram hoje à igreja de Nossa Senhora de Hasaka depois de terem sido libertados pelo EI”, afirmou Usama Edward, responsável pela ONG Rede Assíria de Direitos Humanos, com sede na Suécia.
De acordo com Edward, o tribunal religioso do EI decidiu no sábado libertar o grupo em troca de uma soma de dinheiro paga por cada família. Os jihadistas consideram o valor um imposto que os não muçulmanos devem pagar.
“Até receber o dinheiro, o EI mantém ainda duas reféns: uma menina de dez anos e a mãe”, disse Edward.
O diretor da rede afirmou ainda que desconhece o montante exigido a cada família, mas lembrou que, em novembro, assírios foram libertados após pagarem 1.700 dólares por pessoa. As negociações para a libertação dos reféns foram conduzidas por responsáveis assírios e chefes tribais árabes muçulmanos.
Na semana passada, os jihadistas raptaram 220 assírios em vilarejos próximos a Hasaka, de maioria curda. Cerca de cinco mil assírios fugiram por causa do avanço do EI na região. Cerca de 30 mil assírios, uma das mais antigas comunidades cristãs, viviam na Síria – sobretudo em Hasaka – antes do início do conflito sírio, em 2011.
[b]Fonte: DW World
[/b]