Um meio de comunicação de um grupo pró-Estado Islâmico (EI) publicou nova ameaça contra os cristãos coptas do Egito. No comunicado, o grupo pró-EI diz que os coptas devem ser atacados como combatentes infiéis e que suas igrejas devem ser queimadas.
A mensagem diz que os coptas não aceitaram a condição de submissão imposta pela sharia (lei islâmica) para cristãos em sociedades islâmicas. Por isso, devem ser combatidos porque continuaram a construir igrejas e até mesmo a patrocinar redes de televisão para divulgar a mensagem cristã.
A ameaça veio dias depois de o grande imã da Universidade Al-Azhar do Egito dizer que o islã está enfrentando uma “guerra contra si mesmo”. Ahmed el-Tayeb é uma das vozes mais respeitadas no islamismo sunita. Ele teve uma reunião privada com o Papa Francisco no último dia 7 no Vaticano, onde também participou de uma conferência de diálogo inter-religioso.
O Vaticano não liberou mais detalhes da reunião entre os dois líderes religiosos. O imã reforçou a necessidade de uma maior cooperação para combater o terrorismo, do qual os muçulmanos também são vítimas. “O terrorismo é um câncer que se espalhou para várias partes do mundo”, concluiu.
A afiliação egípcia do Estado Islâmico assumiu os massacres em igrejas em dezembro do ano passado e também o ataque a um ônibus cheio de peregrinos em maio deste ano. Em fevereiro, publicou um vídeo em que descrevia os coptas como sua “presa favorita”. Ore pelos cristãos perseguidos egípcios, que somam 10% da população no país que ocupa a 21ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2017.
Fonte: Portas Abertas