O tiroteio na escola “Goyases”, de Goiânia, ainda tem sido comentado nas redes sociais e suas consequências sentidas pelas famílias afetadas direta ou indiretamente por este caso.
A mãe do adolescente João Pedro Calembo, de 13 anos, que morreu após ser atingido pelo atirador, fez um desabafo em seu perfil do Instagram, afirmando que tem se apegado à fé em Deus para superar este momento difícil.
“A vida e suas reticências… não vou reclamar meu Papai do Céu… Apenas aceitarei seus propósitos. Não entendo, nunca vou entender. Não quero buscar explicações. O Senhor apenas me emprestou o João Pedro pelos melhores 13 anos da minha vida”, escreveu Bárbara Melo em uma legenda, junto à foto dela com seu filho (foto abaixo).
Ela também reconheceu que a dor deste momento é evidente, mas que também tem certeza que seu filho está em um lugar bem melhor agora e acredita que Deus pode curar as feridas que esta perda deixou.
“Meu príncipe foi morar num lugar onde não há choro, tristeza ou dor. Nosso filho querido, amado, responsável por natureza…. Amamos vc eternamente! Estou despedaçada, mas o Senhor, no tempo dEle, me restaurará”, disse.
Bullying
Reforçando a afirmação que ela e seu marido, Leonardo Calembo, fizeram em uma entrevista exibida no Fantástico do último domingo (22), Bárbara negou que seu filho tenha se tornado um alvo do atirador por ter praticado bullying.
“Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido. Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos. Respeitem nosso luto, somos humanos, falhos, gente que tenta acertar todos dias”, pediu.
Garoto de fé
Segundo amigos da família de João Pedro, o garoto era, além de bom aluno, bem presente na Igreja Batista Renascer, onde seu pai ocupa um cargo de liderança.
Segundo o pai do adolescente, João Pedro se mostrava um garoto sensível a dificuldades que seus colegas enfrentavam na escola.
“João Pedro era mesmo cristão. Um dia ele chegou para mim e disse: ‘pai, tenho um colega que sofre muito preconceito’. Eu disse: ‘meu filho, você tem que orar por ele’. Sempre ensinei a respeitar o próximo”, contou Leonardo em depoimento para a Folha de S. Paulo.
Leonardo Calembo e sua esposa afirmaram anteriormente que perdoaram o garoto que matou seu filho: “Foi uma fatalidade”.
Fonte: Guia-me