Arianne Pacheco Rodrigues, 19, acusa o Instituto Adventista Brasil Central — uma escola interna em Planalmira (GO) — de tê-la expulsada em novembro de 2010 por motivo homofóbico.
Marilda Pacheco, a mãe da estudante, está processando a escola com o pedido de indenização de R$ 50 mil por danos morais. A primeira audiência na Justiça ocorreu na semana passada.
[img align=left width=300]http://2.bp.blogspot.com/-sojXZihfZwc/T8wsV9uzpAI/AAAAAAAAaN8/up3Ii9i_oM0/s1600/Arianne+Pacheco+Rodrigues[/img]A jovem contou que a punição foi decidida por uma comissão disciplinar que analisou a troca de cartas entre ela e outra garota, sua namorada na época. Na ata da reunião da comissão consta que a causa da expulsão das duas alunas foi “postura homossexual reincidente”.
Weslei Zukowski, diretor da escola, negou ter havido homofobia e disse que a expulsão ocorreu em consequência de “intimidade sexual” (contato físico), o que, disse, é expressamente proibido pelo regulamento do estabelecimento.
Arianne disse que é mentira porque ela não teve com a namorada qualquer contato físico dentro da escola. Zukowski afirmou ao Fantástico de ontem (3) que as provas da escola estão baseadas no relato de colegas das duas expulsas.
A jovem contou que na época pediu uma nova chance para a escola, que se manteve inflexível. Abalada, ela foi morar com sua mãe em Orlando, nos Estados Unidos. Disse que não quer voltar para o Brasil.
Marilda afirmou que tentou evitar a expulsão da filha, mas ela ouviu de responsáveis pela escola que, para eles, o homossexualismo “é um crime tão sério como roubar ou matar”.
Ela informou que decidiu recorrer à Justiça para evitar que outras pessoas sejam vítimas das torturas da escola, as quais são “dignas da Idade Média, da época da Inquisição”.
[b]Fonte: Paulopes[/b]