Cães e gatos podem aprender a conviver e compreender suas diferentes linguagens, segundo um estudo da Universidade de Tel Aviv, cujo autor acredita que israelenses e árabes deveriam aprender com estes animais de estimação e começar a se entender.

O zoólogo Joseph Terkel, especialista em comportamento animal, disse à Agência Efe que sua última pesquisa demonstra que “cachorros e gatos podem aprender a conviver em uma mesma casa, sempre que se conhecerem quando têm menos de um ano”.

“É importante que o gato chegue antes à casa do que o cachorro”, disse Terkel, que assegurou que mediante estas condições, os animais podem se dar bem e, inclusive, aprender suas diferentes linguagens corporais.

“Por exemplo, um gato quando está zangado mexe o rabo da esquerda para a direita, enquanto um cachorro utiliza este gesto quando está contente. É o que chamamos de comportamentos opostos”, explicou.

Segundo este zoólogo há muitos casos destes “comportamentos opostos”, mas se os animais conviverem desde jovens “podem aprender a entender estes sinais e conseguir que não mal-entendidos não sejam provocados”.

O estudo foi publicado recentemente na revista especializada “Applied Animal Behaviour Science” e se baseia na análise de vídeos que mostram a relação e a convivência em um lar de cães e gatos e em entrevistas com cerca de 200 pessoas que têm estes animais de estimação.

Em dois terços dos casos, os animais têm uma “relação positiva”, enquanto 25% dos pares estudados se tratam com indiferença e outros 10% se agridem e brigam de forma habitual.

Para Terkel, uma conclusão indireta do estudo é que “se os cachorros e gatos podem aprender a viver juntos e adaptar sua linguagem, os humanos também podem fazê-lo”.

Este zoólogo israelense sugere que é possível transferir sua descoberta no plano animal para o humano e até mesmo no contexto do conflito do Oriente Médio.

“Judeus e árabes se deram bem durante muito tempo como cachorros e gatos”, declara.

“Este estudo nos dá esperança e demonstra que nós, humanos, temos que aprender com o comportamento animal”, acrescenta Terkel, que sugere que a conclusão que pode ser extraída de seu estudo é que “israelenses e árabes deveriam conviver de forma mais próxima para aprender a se entender”.

Fonte: EFE

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