“A liberdade religiosa é parte integral de nossos esforços para combater a ideologia de ódio e a intolerância religiosa que alimentam o terrorismo global”, disse a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice (foto), ao apresentar o relatório anual sobre a liberdade religiosa no mundo.
O Governo do Irã “mantém sua implacável” repressão religiosa contra muçulmanos não xiitas, cristãos e judeus, afirmou nesta sexta-feira o Governo dos Estados Unidos.
Já o embaixador John Hanford, responsável por este relatório anual que o Departamento de Estado envia ao Congresso, disse que “de fato não há um assunto mais fundamental para os EUA que a liberdade religiosa”.
O diplomata afirmou que as minorias religiosas “são vulneráveis” no Iraque, mas que o problema neste país é mais “uma situação de segurança que dificulta a prática religiosa de forma normal”.
“O problema real com o qual lidamos é que a violência sectária não se concentrou, necessariamente, na prática religiosa, porém ao mesmo tempo a prática religiosa é afetada”, declarou Hanford.
Em Cuba, onde os grupos religiosos devem se registrar obrigatoriamente com o Ministério da Justiça, o Governo “outorgou o registro a vários grupos, mas a outros negou este registro”.
“O Ministério do Interior vigia, infiltra e fustiga religiosos profissionais e laicos”, afirmou Hanford. “Há alguns anos entraram em vigor novas regras que requerem que as igrejas em casas sejam registradas, e isto coloca estas igrejas em uma posição muito vulnerável”.
Segundo o diplomata, em Cuba “há cerca de 10 mil igrejas que funcionam em casas e que, tecnicamente, são ilegais e vulneráveis à pressão governamental”.
Hanford afirmou que “o Governo da Eritréia continua perseguindo e detendo as minorias religiosas, em especial os cristãos protestantes”, acrescentou.
“O regime da Birmânia continua infiltrando e vigia de forma encoberta as reuniões e atividades de, virtualmente, todas as organizações, entre elas as religiosas”, diz o funcionário.
No caso da China, acrescentou Hanford, o presidente dos EUA, George W. Bush, a secretária Rice e outras autoridades americanas “fizeram um esforço para encorajar uma maior liberdade religiosa, condenando abusos e apoiando tendências positivas”.
Washington se preocupa com as novas regras chinesas, que “restringem o direito de monges e freiras budistas tibetanas a viajarem, com a perseguição de cristãos não filiados a denominações aprovadas pelo Governo” e com a situação dos muçulmanos.
Fonte: EFE