O ex-secretário do papa João Paulo II e atual arcebispo da Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz, foi alvo de um duro ataque por parte da imprensa polonesa.
O cardeal Stanislaw Dziwisz, que passou 40 anos ao lado de Karol Wojtyla como seu secretário pessoal, é acusado de ter acobertado denúncias de abusos sexuais cometidos por religiosos poloneses no México.
A acusação é do jornal “Glos Wielkopolski” de Poznan, que publicou a notícia às vésperas da apresentação do livro que Dziwisz lançará em Cracóvia sobre as memórias ao lado de João Paulo II.
Segundo o jornal, Dziwisz não teria informado o Pontífice sobre a carta que lhe foi entregue em 2000 sobre o caso de mons. Juluisz Paetz, então arcebispo de Poznan, no oeste da Polônia, sobre seu relacionamento com seminaristas. Mons. Paetz foi afastado do cargo em 2002, após revelações publicadas no mesmo ano pelo jornal polonês “Rzeczpospolita”.
No artigo intitulado “O silêncio do cardeal Dziwisz”, o “Glos Wielkopolski” diz ainda que o religioso não teria reagido à carta de 2002 em que um sacerdote mexicano, Antonio Ornelas, membro do tribunal eclesiástico local, pedia para intervir no caso do padre Marcial Maciel, o fundador dos Legionários de Cristo, acusado de molestar seminaristas. Maciel foi afastado de suas funções na Igreja apenas três anos depois por decisão do papa Bento XVI.
Fonte: Jornal da Mídia