A organização de direitos humanos Karapatan, em Manila, acusou, nesta terça-feira, o Exército filipino de estar por trás de uma campanha de assédio contra um sacerdote membro do grupo na província de Bohol (centro do país), e denunciou que o religioso pode ser assassinado.
Segundo a Karapatan, a 302ª Brigada de Infantaria é responsável pelos panfletos distribuídos nos últimos dias por homens que circulam em motos e que acusam Feliciano Nalzaro, pároco da Igreja do Imaculado Coração de Maria, de pertencer aos grupos insurgentes armados comunistas. O sacerdote é o presidente provincial da Karapatan.
A organização diz que campanhas do mesmo tipo antecederam vários assassinatos políticos no país. O exército justifica muitas destas mortes de militantes de esquerda por sua suposta relação com a insurgência.
Os panfletos contra o sacerdote vão assinados com o nome de “sargento anônimo” de um esquadrão da morte.
Na semana passada, o relator especial da ONU para execuções extrajudiciais, Philip Alston, implicou alguns militares nos assassinatos políticos no país, após uma missão de 10 dias nas Filipinas.
Fonte: Estadão