Christopher Hitchens, o escritor ateu conhecido por seus polêmicos livros sobre religião, morreu nesta quinta-feira com a idade de 62 anos por complicações de câncer no esôfago.

O famoso ateu morreu durante a noite de ontem no hospital MD Anderson Cancer Center. A notícia foi avançada pela Vanity Fair, revista da qual o ateu colaborava e o descrevia como um “crítico incomparável, sagaz e destemido”.

Hitches confrontou essa doença escrevendo e trazendo a visão impiedosa de sua mortalidade que ele abordou em muitos assuntos.

O ateu foi diagnosticado com a doença em Junho de 2010, quando seu livro de memórias, “Hitch-22”, entrou na lista dos mais vendidos.

Após sua doença tornar-se pública, Hitchens recebeu milhares de cartas e emails pela Vanity Fair oferecendo orações por sua vida. Isso mesmo apesar de ele ser aquele que se destacava em suas posições contra a religião em 2007 no livro “Deus Não é Grande: Como as Religiões Envenenam Tudo”.

Mesmo com a doença Hitchens não mudou os seus pensamentos sobre religião e pediu aos crentes não incomodarem o “céu surdo” com seus “gritos sem sossego”.

Hitchens ficou conhecido como um dos representatntes mais importantes do “Novo Ateísmo”, a crença de que a religião deve ser combatida. Juntamente com os ateístas Richard Dawkins, Sam Harris e Daniel Dennett, Hitchens ele formou o grupo dos quatro “Cavaleiros do Apocalipse”.

O ator ateu deixou suas marcas de humor malandro e paixão pelo combate intelectual em suas escritas. Hitches escreveu dúzias de livros e era também colunista da revista online Slate e colaborador da Harper’s, do Atlantic e inúmeras outras publicações.

Antes de adoecer, Hitchens chegou a debater com Collins, autor evangélico de A Linguagem de Deus: um Cientista Apresenta Evidências para a Crença, sobre a existência de Deus. Mas o resultado disso foi apenas sua consideração de que ambos se tornariam bons amigos, apesar de suas diferenças religiosas.

Christopher Hitchens, considerado hoje um dos intelectuais mais influentes, nasceu na Inglaterra em 1949 e viveu nos Estados Unidos desde 1980. Sua carreira de jornalismo começou na década de 10, ainda no Reino Unido.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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