Em meio à corrida de adversários por apoio de igrejas evangélicas, o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (foto), afirmou ontem que não pedirá votos a nenhum líder religioso.

Ele elogiou a ação social das igrejas, mas disse que não buscará alianças no setor.

“Visito e faço gosto em visitar [religiosos]. Alguns são parceiros da prefeitura em projetos sociais importantes. O que não faço é pedir apoio e voto. Penso que não é compatível”, disse o petista.

“Uma coisa é pedir e oferecer apoio para a missão da igreja e da prefeitura, no sentido de ajudar os mais pobres. Mas minha relação para aí.”

Haddad ressalvou que, se eleito, abrirá diálogo para “legalizar as igrejas que estão em situação irregular e garantir a liberdade religiosa”.

Os candidatos José Serra (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB) já anunciaram apoio de diferentes igrejas.

Em abril, a Folha mostrou que Haddad usou encontros com evangélicos para se defender de críticas ao chamado “kit gay”, material produzido para escolas quando ele era ministro da Educação.

Ontem, à rádio Jovem Pan, Serra elogiou a presidente Dilma Rousseff por ter vetado a distribuição do material a escolas após a reação das igrejas. O tucano afirmou que o kit, feito por uma ONG, tinha “aspectos ridículos e impróprios” para crianças.

“Quem fez foi o Ministério da Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na campanha. Ele é que tem que se explicar”, afirmou Serra.

O petista ironizou as declarações. “É o primeiro elogio que ele faz a Dilma”, disse.

Haddad também alfinetou o adversário ao prometer, se eleito, não usar helicópteros para se deslocar na cidade. Serra tem recorrido a este meio de transporte para fugir de engarrafamentos na campanha.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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