A peregrinação a Meca (Hajj) chega hoje ao fim e os fiéis, após apedrejar as três colunas que simbolizam o diabo e caminhar ao redor da Caaba, começam a volta para casa.
Durante os últimos três dias, os quase 3 milhões de peregrinos que se reuniram em Meca jogaram pedras nos pilares que representam as tentações de Satã no Vale de Mina, ritual com o qual lembram as tentativas do demônio de dissuadir Abraão a sacrificar o filho, como Deus havia ordenado.
As pedras, segundo a tradição, representam a rejeição de Abraão ao diabo e a firmeza de sua fé.
Após cumprir hoje o último dia de apedrejamento, os peregrinos se dirigiram para a Caaba, a construção mais sagrada para os muçulmanos e situada no pátio da Grande Mesquita de Meca, e em torno da qual deram sete voltas, dando por concluído o rito sagrado.
No entanto, muitos fiéis decidiram passar mais alguns dias na Arábia Saudita para visitar a cidade de Medina, onde se encontra o túmulo do profeta Maomé, e para orar na mesquita construída em sua honra.
A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares fundamentais do Islã, recolhidos em seu livro sagrado, o Corão.
O ponto alto para os fiéis foi no domingo passado, quando subiram ao Monte Arafat, onde há 14 séculos Maomé pronunciou seu último sermão.
A atual comemoração do Hajj se desenvolveu sem incidentes graves em comparação a anos anteriores, quando centenas de peregrinos morreram pisoteados nas grandes concentrações, especialmente durante o apedrejamento em Mina.
O rei Abdullah da Arábia Saudita ofereceu ontem à noite uma recepção em Mina na qual pediu aos muçulmanos de todo o planeta que dialoguem e se afastem do extremismo e da divisão, pelo que culpou “os terroristas, que só representam a si próprios”, de distorcer a imagem do Islã.
Fonte: EFE