Um tribunal francês multou ontem uma mulher muçulmana em 120 (cerca de R$ 300) por vestir em público uma burca, veste que cobre todo o corpo, só deixando uma tela sobre os olhos.

Ela disse que vai recorrer da decisão no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para obrigar a França a suspender a nova lei que proíbe o uso da burca.

Hind Ahmas, mãe de três crianças, afirmou que também iria recorrer da sentença em um tribunal francês, com o apoio do empresário francês Rachid Nekkaz, que prometeu pagar todas as multas impostas sobre as mulheres que usarem burcas.

Outra mulher, Najate Naitali, foi multada em 80, à revelia, por um tribunal na cidade de Meaux, no nordeste de Paris. Essa foi a primeira sentença dada por uma corte por infração à proibição de uso da burca desde que a lei entrou em vigor, em abril.

“Isso viola as leis europeias. Para nós, a questão não é o valor da multa, mas o princípio. Não podemos aceitar que as mulheres sejam condenadas porque estão expressando livremente suas crenças religiosas”, disse Hind a jornalistas fora do tribunal, onde um grupo de simpatizantes também estava reunido.

As duas mulheres foram à Prefeitura de Meaux em maio, vestidas com burcas, para oferecer um bolo de aniversário ao prefeito Jean-François Cope, chefe do partido conservador UMP, do presidente Nicolas Sarkozy, e que ajudou a aprovar a proibição à burca no Parlamento.

[b]Fonte: Jornal do Commercio – PE[/b]

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