A cerimônia de entrega do “54th Grammy Awards” teve, desde o início, homenagens à cantora Whitney Houston, que morreu no último sábado aos 48 anos.

Embora a causa da morte não tenha sido oficialmente divulgada, informações preliminares dão conta que ela se afogou na banheira após ingerir remédios para dormir.

A última imagem da cantora viva é justamente no ensaio do Grammy, [img align=left width=300]http://noticias.gospelprime.com.br/files/2012/02/LeAndria-Johnson.jpg[/img]onde ela cantaria uma música. Na abertura da premiação, o apresentador LL Cool J declarou “Qual seria a mensagem certa para hoje, para esse momento? Não há outra forma de dizer isso. Tivemos uma morte em nossa família. A única coisa certa a fazer agora é uma orar e agradecer por nossa irmã Whitney Houston”.

Logo em seguida, o cantor pop Bruno Mars dedicou sua performance à cantora. Ela cantou a música “Runaway Baby”. “Quando grandes artistas nos deixam, seu legado permanece. Além de Whitney Houston também temos que lembrar outra grande cantora que morreu esse ano, Etta James”, diz a cantora Alicia Keys, antes de sua apresentação em dueto com Bonnie Raitt.

Enquanto os vencedores das diferentes categorias foram sendo anunciados, a festa retomou o ritmo de todos os anos.

Na categoria gospel houve uma polêmica que repercutiu nas redes sociais. O Grammy faz na premiação uma diferenciação de Melhor Álbum e Melhor Música em duas categorias: gospel clássica (hinos e corais de igreja) e gospel contemporâneo (pop, rock, etc).
Diferentemente do Brasil, onde gospel não é um gênero em si, nos EUA onde o estilo nasceu, essa distinção é levada a sério pela indústria.
O vencedor deste ano categoria clássica foi Kirk Franklin, com a música “Hello Fear” e o álbum do mesmo nome. Na categoria contemporânea venceram Laura Story, com a música “Blessings” e Chris Tomlin, com o álbum “And If Our God Is For Us…”.

Enquanto Kirk Franklin e Chris Tomlin já são bastante conhecidos no cenário internacional, a debutante Le’Andria Johnson surpreendeu ao derrotar artistas conhecidos como Steve Curtis Chapman e o próprio Chris Tomlin no que é conhecido como o grande prêmio: Melhor canção do ano, onde competem todas as músicas gospel, independentemente de categoria.

Le’Andria Johnson ganhou o prêmio pela gravação da música “Jesus”. Embora desconhecida do grande público, nos últimos anos Le’Andria vem acumulando prêmios como o Sunday Best 2010 (espécie de Ídolos apenas para música cristã) e Melhor Cantora Gospel 2011 no Annual Digital Awards. Seu primeiro álbum, “The Awakening of Le’Andria Johnson” estreou no primeiro lugar e ficou mais de 5 meses entre os mais vendidos nos EUA, segundo a parada da revista Billboard.

Ela lançou recentemente um disco apenas com músicas de Natal e nos próximos meses deve ter um EP chamado “The Evolution of Le’Andria Johnson” disponível no mercado. Na semana que foi indicada ao Grammy, sua gravadora anunciou que este mês fará o relançamento do primeiro CD numa versão “luxo”, que inclui sete músicas inéditas.

Além de compor algumas de suas canções ela regravou algumas já consagradas por outros cantores. Mas o que chama a atenção é sua história de vida.

Le’Andria começou a cantar aos dois anos, estimulada pela família. Seu pai, G.A. Johnson foi pastor de várias igrejas e chegou a bispo presidente do Ministério General Quarters.

Ela começou a cantar na igreja de seu pai aos seis anos e tornou-se líder de louvor quando tinha 16. Ao longo da infância e adolescência venceu várias competições amadoras de música e aos 17 anos decidiu se tornar pastora.

Depois de formada, ela casou e cantava apenas na igreja. Porém, acabou se separando, casando novamente e divorciando-se novamente. Aos 29 anos, ela tem três filhos e tem carregado uma enxurrada de críticas por causa disso. Mas Le’Andria acredita que cantar é um talento dado por Deus, mas pretende continuar no ministério.

O grande problema é que ela disse em uma igreja ano passado que precisava de orações por ter se “desviado” dos caminhos do Senhor. Embora não tenha dado detalhes, afirma que “foi enganada pelo diabo”.

Quando ela foi confirmada em um evento musical na Vision Church, uma grande igreja inclusiva em Atlanta, Georgia, em meados de 2011, os apareceram rumores questionando sua sexualidade. Ao admitir posteriormente em uma igreja em Nova York que “não estava mais em condições de ministrar”, as críticas e os rumores recomeçaram.

Embora prefira não se pronunciar sobre o assunto, muitos líderes evangélicos ficaram insatisfeitos que ela tenha vencido a maior premiação da música gospel mundial.

[b]Fonte: Gospel Prime[/b]

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