Gilberto Gil
Gilberto Gil

O cantor e compositor Gilberto Gil cancelou um show que faria no dia 4 de julho em Tel Aviv (Israel). A justificativa do músico é que “Israel atravessa um momento delicado”, mas a decisão acabou se tornando uma resposta às mortes de dezenas de terroristas do Hamas na faixa de Gaza, logo após a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

“O sentimento geral de todos é o de apreensão, porque Israel está atravessando um momento delicado”, disse a produtora musical Arbel – encarregada de organizar o concerto – em um e-mail, em nome da banda.

Ela também anunciou que o dinheiro dos que já pagaram pelas entradas será devolvido.

“Esperamos a compreensão, já que este assunto também é delicado para nós. Amamos Israel e sempre nos sentimos muito amparados. Sem dúvida, haverá outras oportunidades e esperamos por tempos melhores”, acrescentou o texto.

Apesar do “momento delicado” citado pela equipe de Gil no email se referir à dezenas de “cidadãos palestinos mortos pelas Forças de Defesa de Israel”, o próprio Hamas confirmou que 50 dos 62 palestinos mortos em confrontos com a polícia israelense na Faixa de Gaza eram terroristas do grupo e destacou que a participação de seus “militantes” em conflitos como os recentes em Gaza é “óbvia”.

Boicote a Israel

Além de Gil, bem conhecido pelo seu caráter politicamente ativista, outras personalidades internacionais se manifestaram contra Israel e apoiaram a Palestina. Muitas delas têm tomado tal posicionamento após a chamada para o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel.

Entre elas está a atriz americana Natalie Portman, o dramaturgo português Tiago Rodrigues e Paul McCartney.

Em 2015, Gil e Caetano Veloso fizeram um show em Tel Aviv e foram abordados pelo movimento BDS. Durante a viagem, visitaram com ONGs locais os territórios palestinos e Veloso anunciou após retornar ao seu país que não voltaria a tocar lá, diferentemente de Gil, que na época não comunicou tal decisão.

Agora, Gil se posiciona a favor, não simplesmente da Palestina e contra a “ocupação” de Israel em territórios palestinos, mas sim a favor do Hamas, grupo terrorista que oprime o próprio povo palestino e promove uma verdadeira lavagem cerebral na população, levando pais a usarem seus próprios filhos como escudos em conflitos como esse.

Fonte: Guia-me

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