O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) causou revolta entre os cristãos, nesta quinta-feira (29), ao vetar a proposta que altera o nome da estação de metrô Vila Mariana, da linha 1 (azul), localizada na zona sul da capital paulista, para fazer homenagem ao pastor Batista, Enéas Tognini.
[img align=left width=300]http://www.jmnoticia.com.br/wp-content/uploads/2016/12/eneas-tognini.jpg[/img]Pastor Tognini foi o fundador da Igreja Batista do Povo (IBP) e do Seminário Teológico Batista Nacional. Na década de 1960, foi um dos líderes do movimento de avivamento espiritual, que deu origem à Convenção Batista Nacional (CBN), tornando-se presidente desta entidade posteriormente.
De acordo com Geraldo Alckmin, a proposta contraria a Constituição Estadual e afirmou que “a definição da nomenclatura de estações e de pátios de manutenção do metrô seguem conceitos e critérios que consideram referências urbanas preexistentes e a opinião pública”.
O Projeto de Lei é de autoria do deputado estadual André Soares (DEM) (encaminhada à Assembleia Legislativa em 9 de dezembro), filho do pastor R.R Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus no Brasil.
Na ocasião, o deputado disse que pastor “tem especial relação com a região objeto da homenagem”. A Igreja Batista do Povo, fundada por Tognini, fica na rua Domingos de Morais, uma das principais vias na Vila Mariana, perto da estação do metrô, que foi inaugurada há 43 anos.
O Pastor Enéas Tognini faleceu em setembro de 2015, aos 101 anos de idade, após se submeter a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.
[b]Outros casos
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Em 2011, o Metrô foi obrigado a alterar o nome da estação Jardim São Paulo, também na linha 1, para Jardim São Paulo-Ayrton Senna, após a Assembleia Legislativa derrubar o veto do governo a um projeto de lei apresentado em 2009 pelo deputado Campos Machado (PTB).
Na época, a troca de nome gerou críticas, pois além de acarretar custos ao sistema, o nome do piloto já é usado em outros logradouros na cidade — uma rodovia e um túnel sob o parque Ibirapuera, na zona sul.
Em 2008, o governo do Estado decidiu alterar o nome da estação Imigrantes, na linha 2 (verde), para Santos-Imigrantes, em homenagem ao time de futebol da Baixada Santista. Dois anos antes, a estação Bresser, na linha 3 (vermelha), passara a se chamar Bresser-Mooca, após um projeto apresentado pelo ex-deputado estadual Romeu Tuma (PMDB).
Naquele mesmo ano, a estação no extremo oeste da linha 3, Barra Funda, já havia ganhado um acréscimo ao seu nome para condecorar outro time de futebol, o Palmeiras.
Desde 2013, três estações da CPTM tiveram seus nomes modificados em função de projetos apresentados, defendidos e aprovados por deputados estaduais. A estação Ribeirão Pires, na linha 10-turquesa, se tornou Ribeirão Pires-Antônio Bespalec, em homenagem a um político e arquiteto da região. No mesmo ramal, a estação São Caetano passou a ser designada São Caetano-Prefeito Walter Braido. No ano passado, a estação Mooca virou Juventus-Mooca, para homenagear o time de futebol.
Somente nos últimos dois anos, dez projetos de lei foram apresentados na Assembleia Legislativa com o intuito de modificar nomes de estações de metrô e trem.
[b]Fonte: JM Notícia[/b]