Decisão do governador Tião Viana e do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, surpreendeu na coletiva feita nesta segunda-feira.
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica estão recebendo doações para as vítimas dos alagamentos no Acre. Mas a decisão do governador Tião Viana e do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, surpreenderam na coletiva feita nesta segunda-feira.
Foi anunciado que, ao contrário do que se espera, o poder público não vai administrar os donativos nem decidir sobre como os recursos serão empregados. Isso ficará a cargo de igrejas acreanas.
A conta aberta pelo Banco do Brasil está no nome da Diocese de Rio Branco e será administrada pela instituição católica. A titular da conta da Caixa Econômica Federal é a Defesa Civil, mas os fundos serão geridos pela Igreja Renovada, do pastor Afif Arão, e pela Assembleia de Deus, liderada pelo pastor Luiz Gonzaga.
O governador Tião Viana explicou a decisão inusitada: “Essas duas instituições bancárias deram um exemplo de solidariedade e tiveram a iniciativa de abrir as contas para doações. Nós decidimos que não queremos pegar nesse dinheiro, e quem vai decidir o que fazer com tudo o que for arrecadado são os bancos, em conjunto com as igrejas.
O governo tem arrecadado alimentos, roupas e remédios, e tenho certeza de que vão saber a melhor forma de ajudar as vítimas desse desastre que estamos vivendo”.
O prefeito Raimundo Angelim entende que a decisão é positiva: “Nós temos certeza de que todas as doações serão bem empregadas e chegarão, através dos produtos que serão comprados ou de como esse recurso será investido, a quem está sofrendo as consequências dessa alagação”.
O Banco do Brasil informou que até agora já foram depositados cerca de R$ 18 mil na conta SOS Enchente Rio Acre. A Caixa Econômica ainda não fez um balanço das doações, que começaram na semana passada.
Não é a primeira vez que Tião mostra sua confiança no trabalho dos religiosos. Filiado ao PT, em outubro de 2011 o governador anunciou que iria destinar mais de 4 milhões de reais em verbas públicas do Estado e da União para construção do primeiro Parque Gospel do país, em Rio Branco. A decisão foi amplamente criticada, mas ganhou o apoio do grande percentual de evangélicos do Acre, cerca de 40% da população do Estado.
[b]Fonte: Gospel Prime com informações Diário do Congresso[/b]