A Coréia do Norte negou que a crise de fome esteja causando mortes em massa no país, como denuncia diversos grupos humanitários, embora tenha reconhecido que enfrenta uma “severa carência de alimentos”.

Vários organismos humanitários pediram nos últimos dias ajuda urgente para a Coréia do Norte, que enfrenta uma grave situação alimentícia, após a má colheita em conseqüência das inundações do ano passado, e a alta dos preços no mercado internacional de grãos.

Uma ONG sul-coreana advertiu essa semana que a crise de fome poderia causar até 300 mil mortes no país.

Relação estremecida com a Coréia do Sul

Por outro lado, a Coréia do Norte criticou hoje o enfoque prático adotado pelo presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que é cristão, na política para o país comunista.

Pyongyang advertiu que as relações entre os dois países continuarão bloqueadas por um longo tempo, segundo informou a “Agência Central de Notícias Norte-Coreana” (KNCA).

“O pragmatismo de Seul consiste em ignorar o caráter essencial e a realidade das relações entre Coréia do Norte e Coréia do Sul”, segundo um artigo do diário do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, Rodong Sinmun.

A crítica de Pyongyang vem à tona quatro dias antes de se completar os primeiros cem dias do mandato de Lee, que tomou posse em 25 de fevereiro, com o compromisso de aplicar o pragmatismo nos campos político e econômico.

No entanto, as relações entre as duas Coréias sofreram um revés desde a chegada do governo de Lee, depois que este condicionou qualquer avanço nas relações entre os países à desnuclearização da Coréia do Norte.

A Coréia do Norte vive sob um regime comunista fechado, de graves violações aos direitos humanos e liberdade de culto. A ideologia oficial, que prega a auto-suficiência do ditador Kim Jong II, assola parte da população com a fome, o terror e o subdesenvolvimento.

Fonte: Portas Abertas

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