O superintendente local afirmou que, apesar da escola ter acatado a exigência da organização ateísta, a decisão não foi bem aceita pela população local. Segundo ele, grande parte “é fortemente baseado na fé”.

Uma escola de West Virginia (EUA) concordou em remover as cruzes que faziam parte de um memorial em homenagem a uma professora que morreu em um acidente de carro, no ano de 2004. A decisão foi tomada após a queixa apresentada por uma organização ateísta.

A escola “Ravenswood Middle School” faz parte do Distrito Escolar do Condado de Jackson e foi o local escolhido para exposição de um memorial que incluía cruzes e anjos.

Em uma votação realizada na última quinta-feira, o Conselho Escolar do Condado de Jackson decidiu retirar as cruzes, após a denúncia da “Freedom From Religion Foundation” (“Fundação Livre de Religião”), com sede em Wisconsin Madison.

“As honras eram para a falecida professora Joanne Christy que ensinou em Ravenswood Middle School por mais de duas décadas. Na noite desta quinta-feira, pessoas falaram em apoio ao memorial”, relataram alguns meios de comunicação locais.

Depois da morte de Christy, amigos e entes queridos construíram um memorial de pedra perto da entrada da escola.

A organização ateísta recentemente soube do memorial e enviou uma carta de reclamação no mês passado para o superintendente do distrito escolar exigindo que as cruzes – presentes no memorial – fossem removidas.

“Somos sensíveis à possibilidade de que as cruzes e anjos sejam entendidas como o próprio memorial”, dizia a carta da Organização, enviada em 20 de janeiro.

“No entanto, é obrigação constitucional da escola, encontrar um meio de expressar de modo religiosamente neutro, a lembrança em uma exposição memorial”.

A carta também criticou o patrocínio aparente da escola à instalação de um presépio ao vivo durante a época do Natal.

Blaine Hess, superintendente de Jackson County, disse em um comunicado divulgado antes da reunião de quinta-feira que a comunidade desaprovou a denúncia da organização ateísta.

“A questão é, certamente, perturbadora a uma comunidade que mantém fortes convicções em matéria de fé”, disse Hess na semana passada.

“A denúncia foi revista e a direção inicial foi fornecida para as escolas envolvidas, que irão se mover em direção à conformidade com as decisões do Supremo Tribunal dos EUA”.

Patrick Elliott, advogado da FFRF, disse em entrevista à imprensa local que sua organização não tinha problemas com os anjos expostos no memorial.

“Se houver um anjo, que é tão mais um representante de uma determinada pessoa. Creio que não haveria uma questão jurídica com isso”, disse Elliot.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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