Vinte cristãos foram presos enquanto estavam reunidos no dia 24 de dezembro num bairro chamado Complexo Coreia, em Asmara, capital e maior cidade da Eritreia. Não se sabe para onde eles foram levados.
Até o momento o governo não informou a situação de saúde de cada um dos presos, muito menos onde o grupo está preso.
Em 2002, uma lei foi criada para impedir o crescimento da igreja. Desde então, as portas de todas as igrejas, incluindo diferentes denominações (ortodoxas, católicas e evangélicas), foram fechadas.
O governo mantém muitos cristãos presos, como o líder religioso Abune Antonios que está sob prisão domiciliar há mais de 10 anos.
A Eritreia é o 6º país na Lista Mundial da Perseguição 2018, subindo quatro posições em relação ao ano passado. Tal fato evidencia que o risco de viver a fé cristã na Eritreia tem aumentado, bem como o número de cristãos presos no país. Ore para que nossos irmãos eritreus tenham força, esperança e coragem renovadas para enfrentar a perseguição.
Perseguição aos cristãos na Eritreia
De acordo com o relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos de 2015, os cristãos representam de 48% a 50%, e o mesmo é verdadeiro para os muçulmanos. Segundo a pesquisa do Pew Research Center, 62,9% da população eritreia são cristãos.
Os tigrinyas (principalmente ortodoxos) são o grupo cristão dominante no país.
Na Eritreia, todas as comunidades cristãs são afetadas pela perseguição, embora a intensidade e as fontes de perseguição possam variar. Prisões e desaparecimentos forçados são muito comuns no país.
Os cristãos são forçados a se juntar às forças armadas, e especialmente os protestantes enfrentam sérios problemas no acesso aos recursos comunitários e serviços sociais prestados pelo Estado. Os cristãos de igrejas não tradicionais enfrentam a perseguição mais severa.
As forças de segurança do governo conduziram muitas invasões nas casas e prenderam centenas de cristãos. As igrejas domésticas e os materiais cristãos foram danificados ou confiscados. Essa extrema pressão e violência sancionada pelo Estado tem forçado alguns cristãos a fugir do país.
Milhares de cristãos foram presos ao longo dos anos, alguns dos quais ainda permanecem na prisão após 11 anos. Muitos prisioneiros são forçados a trabalhar muitas horas em campos de flores comerciais. De novembro de 2016 a outubro de 2017, mais de 300 cristãos foram presos.
Fonte: Missão Portas Abertas