Um aplicativo para o iPhone chamado “Judeu ou Não Judeu?” criou polêmica e levou um grupo francês anti-racismo a ameaçar processar a Apple.
Segundo o Huffingtonpost, o SOS Racismo disse que o aplicativo viola as leis estritas da França que banem a compilação de dados pessoais dos ciadãos sem seu consentimento.
O código francês também pune o estoque de detalhes sobre raça, sexualidade, orientação política ou filiação religiosa com pena de cinco anos de prisão e multas de até US $ 411.870.
O aplicativo, desenvolvido por Johann Levy, é vendido por US$ 1,08 e permite classificar as pessoas como sendo filhos de judeus ou convertidos à religião.
Alegando ser um judeu, Levy diz que desenvolveu o aplicativo para ser “recreativo”.
“Como um judeu eu sei que em nossa comunidade nós frequentemente perguntamos se a celebridade tal é judeu ou não”, ele foi citado dizendo.
Para ele, não há nada de pejorativo em dizer que alguém é ou não um judeu. “Pelo contrário, é para ter orgulho”.
Apesar do apego francês aos valores seculares, a questão religiosa das personalidades públicas continuar a ser um tema de interesse para o público francês.
Em um comunicado, o SOS Racismo pede à Apple para remover o aplicativo de sua loja on-line e que esteja mais atenta com as aplicações que vende.
O chefe do grupo Judeu Francês (CRIF), Richard Prasquier, também repetiu o pedido à Apple e disse que é ilegal. “Não é somente ilegal. Fazemos uma distinção muito importante que não existe da mesma maneira nos Estados Unidos entre o público e as esferas privadas”.
Prasquier disse que ele pensa que isso é mais anti-semita do que outra coisa, “por causa de nossas memórias difíceis aqui”.
“Um Judeu ou Não Judeu”, permite aos usuários buscarem em suas bases de dados entrando com o nome da celebridade ou por categoria de celebridades.
[b]Fonte: The Christian Post[/b]