A organização radical Estado Islâmico do Iraque, liderada pela rede terrorista Al Qaeda, ofereceu ontem uma recompensa de US$ 100.000 para quem matar o chargista sueco que desenhou o profeta Maomé.
A “recompensa” foi anunciada pelo líder do grupo, Abu Omar al-Baghdadi, em uma fita de áudio divulgada em um site usado pelas organizações fundamentalistas, e cuja autenticidade não foi verificada.
“Nós, de agora em adiante, encorajamos o derramamento do sangue do desenhista de caricaturas Lars Vilks, que se atreveu a insultar a imagem de nosso profeta”, disse Baghdadi.
Além disso, o dirigente terrorista subiu a recompensa para US$ 150.000 se Vilks for”degolado como um cordeiro”, e anunciou US$ 50.000 para quem matar Nerikes Allehanda, editor do jornal sueco que publicou as caricaturas do profeta Maomé.
Por ocasião do início do mês sagrado muçulmano do Ramadã, Baghdadi disse que nesse período Deus ordenou, além do jejum, “a luta e a jihad (guerra santa) contra os inimigos”.
A respeito, afirmou que “a jihad no Iraque está sendo alvo hoje de uma campanha violenta e de uma guerra maligna nas mãos da traição e dos traidores”.
Nesse sentido, revelou que “o povo muçulmano deve saber que a organização islâmica (moderada) Irmãos Muçulmanos do Iraque, e especialmente o Partido Islâmico do Iraque (PII) sunita participam dessa campanha” contra a Al Qaeda.
Além disso, acusou a Frente do Consenso Iraquiano, coalizão política também sunita do qual o PII faz parte, de “trabalhar arduamente a favor da ocupação (americana), sem levar em conta o sangue (iraquiano) derramado”.
Em sua mensagem, Baghdadi disse que as brigadas armadas pertencentes aos Irmãos Muçulmanos tomam parte nesta guerra contra os “mujahedins” (combatentes islâmicos) nas províncias de Al-Anbar e Diyala, redutos da Al Qaeda localizados ao oeste e nordeste de Bagdá, respectivamente.
Fonte: EFE