Um homem de 21 anos apresentou um pedido de indenização de US$ 25 milhões à arquidiocese de Miami (Flórida) alegando que a instituição tem responsabilidade nos supostos abusos sexuais cometidos contra ele por um sacerdote católico em 1999, informaram meios de comunicação locais.

O litigante, cujo nome não foi divulgado, afirmou que o sacerdote Neil Doherty, que está em liberdade desde que pagou fiança por outra acusação de abuso sexual contra um menor, abusou dele durante o período no qual o padre trabalhou na igreja de St. Vincent, no condado de Broward, vizinho a Miami.

Doherty, de 62 anos, abusava sexualmente do litigante, que tinha então 14 anos, em diferentes locais, inclusive no carro do sacerdote e no dormitório da igreja, disse um dos advogados na denúncia.

Além disso, o processo contra a arquidiocese revela que o sacerdote entregava ao rapaz uma quantidade de dinheiro após cada abuso sexual.

Com esta, já são seis as denúncias apresentadas nos tribunais contra o sacerdote católico por abusos sexuais e comportamentos inadequados com jovens. Algumas delas tratam de casos que aconteceram há 30 anos.

Doherty já foi acusado antes de drogar e abusar sexualmente de menores, segundo documentos da Promotoria.

Um destes casos data de 1978, quando supostamente fez com que um estudante de 17 anos da Chaminade Madonna High School, da localidade de Hollywood, ao norte de Miami, fumasse maconha para, em seguida, abusar sexualmente dele.

A denúncia não foi adiante, já que, pelas leis da Flórida, estes crimes prescrevam após quatro anos, quando a vítima é maior de 12 anos.

Além disso, os promotores afirmam que a arquidiocese investigou Doherty por outros dois casos (em 1987 e em 1979) e que, em 1994, ele chegou a um acordo de US$ 50 mil no caso da escola Chaminade Madonna.

O sacerdote, que, de acordo com relatórios da arquidiocese, aceitou e recebeu tratamento psiquiátrico, foi destituído de suas funções em 2002.

Fonte: Último Segundo

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