O grupo Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje a contínua opressão do Governo do Vietnã contra as liberdades religiosas no país, após as autoridades expulsarem cerca de 300 monges do Mosteiro de Bat Nha em setembro.

O mosteiro foi aberto após o retorno ao Vietnã em 2005 do veterano monge budista Thich Nhat Hanh, de 82 anos, após um exílio desde 1966 ordenado tanto pelas então autoridades de Hanói como de Saigon por sua campanha contra a Guerra do Vietnã.

Thich conseguiu abrir o centro de meditação budista na província de Lam Dong, cerca de 1.500 quilômetros ao sul da capital, a convite das autoridades de Hanói pouco após seu retorno ao país, e que segundo a HRW atraiu grande número de seguidores.

No entanto, no dia 27 de setembro uma centena de policiais encobertos atacou o mosteiro e levou cerca de 150 monges para a rua, alguns deles amarrados, enquanto no dia seguinte cerca de 200 freiras budistas também fugiram do mosteiro e se refugiaram em um abrigo próximo, diz o comunicado da HRW.

“Uma vez mais, o Vietnã pressionou sobre um grupo religioso pacífico, inclusive um bem recebido ao princípio pelo Governo”, diz a subdiretora para a Ásia da HRW, Elaine Pearson, em comunicado.

A HRW considera que as duras medidas de Hanói contra o grupo budista podem estar ligados a propostas de Thich Nhat Hanh realizadas ao presidente Nguyen Minh em 2007, posteriormente divulgadas, nas quais se pediu ao Governo para apressar as restrições religiosas.

Fonte: EFE

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