A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta segunda-feira que o Governo egípcio viola o direito à liberdade religiosa ao se negar a reconhecer oficialmente outra fé, fora as três maiores confissões monoteístas.

Em entrevista coletiva no Cairo, o subdiretor do órgão, Joe Stork, dirigiu uma mensagem às autoridades: “Permitam a todos os egípcios que identifiquem sua religião nos documentos oficiais”.

Esta restrição afeta, antes de tudo, os cerca de 2.000 membros que professam a fé bahai no Egito e as centenas de pessoas que abandonaram o Islã para professar o cristianismo.

No entanto, advertiu Stork, o problema vai muito além do mero reconhecimento da religião nos documentos oficiais, já que afeta a vida diária dos prejudicados, que encontram obstáculos na hora de se casar, receber a previdência e educar seus filhos.

Segundo a lei egípcia, na carteira de identidade de todos os cidadãos deve aparecer a religião professada.

No entanto, o Ministério do Interior permite aos cidadãos só a opção de figurar nele como muçulmano, cristão e judeu, o que automaticamente exclui os seguidores de outras religiões, que são obrigados a escolher uma das três principais religiões monoteístas ou ficar sem documento.

Fonte: EFE

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