O relatório da Secretaria Executiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia ao redor do mundo é sempre muito esperado e mostra não apenas as estatísticas sobre o avanço da organização globalmente. Projeta, também, as possibilidades de crescimento e a maneira como a organização vai reagir aos desafios.
Os dados foram apresentados pela equipe coordenada pelo secretário executivo da Associação Geral (AG), pastor Erton Köhler e apontam que, até março de 2022, eram 21.909.937 membros adventistas. Vários secretários associados e líderes da área falaram de diferentes aspectos do crescimento da Igreja Adventista.
Os mais de 21 milhões de membros adventistas estão presentes em 212 dos 235 países reconhecidos oficialmente no planeta. Isso se dá em 169.268 congregações, onde os membros são atendidos por 20.924 ministros ordenados. Para Köhler, a missão da Secretaria ultrapassa a reunião de dados. “Nós gerenciamos informação estratégica para a missão, coordenamos processos para a missão, pesquisamos como melhorar a missão e recrutamos, preparamos, enviamos e cuidamos de pessoas para a missão”, sintetizou.
Crescimento, perda e retenção
Quando se olha a humilde igreja de 1863 (data em que foi organizada a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia) até agora, é evidente que o movimento se expandiu muito. Naquela época, de acordo com informações da edição especial da Adventist Review, eram 3.500 membros em 125 congregações.
Nos últimos sete anos, muita coisa mudou. A pandemia mundial da Covid-19, anunciada pela Organização Mundial de Saúde em março de 2020, representou um tremendo desafio para todas as organizações, sobretudo as religiosas. Mesmo assim, neste período de sete anos, mais de 8 milhões e meio de pessoas se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia por meio do batismo. Somente em 2020, foram 803.430 em todo o planeta. Em 2021, os batismos chegaram a 1 milhão globalmente.
Ao mesmo tempo, no entanto, as estatísticas demonstram que, para cada 100 novos conversos adventistas, 53 deles (ou pouco mais da metade) saíram. De acordo com o texto do relatório publicado na Adventist Review, tais dados “mostram que nós precisamos investir mais recursos em retenção e discipulado”.
David Trim, diretor de Arquivos, Estatística e Pesquisa da AG, mostrou que, entre 2019 e 2020, houve uma queda de membros. No entanto, em 2021, foi possível identificar uma recuperação com a entrada de 200 mil novos membros.
O plano estratégico da Secretaria, aliás, prevê sete pontos para ajudar a Igreja Adventista a crescer de forma sustentável. Segundo o secretário associado, Hensley Moorooven, isso inclui estratégia de missão, processos melhores, cuidado missionário, nutrição e retenção de membros, auditoria, capacitação, avaliações regulares e conformidade com os regulamentos da Igreja Adventista.
Esforços missionários e voluntariado
Karen Porter, que também apresentou parte do relatório da Secretaria, chamou a atenção para a necessidade do envio de missionários para diferentes países. Essa tem sido uma marca adventista desde a sua organização. Karen afirmou que, desde 2015, 528 missionários deixaram suas casas para servir em alguma parte do planeta. Hoje, segundo ela, 367 famílias adventistas, como funcionários, estão servindo como missionários foram de sua terra natal.
Outro trabalho significativo em termos de missões mundiais é o do Serviço Voluntário Adventista (SVA). Em âmbito global, nos últimos sete anos essa área tem facilitado o envio de 9.103 voluntários para servir por pelo menos 1 ano em 116 países diferentes.
Fonte: Notícias Adventistas