Quem participou do processo de interrupção do sistema de alimentação que mantinha viva a italiana Eluana Englaro será excomungado da Igreja Católica, informou nesta segunda-feira o secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, monsenhor Albert Malcolm Ranjith.
Em declarações ao site Papanews, Ranjith revelou que quem “colaborar em qualquer nível com a morte de Eluana” não poderá mais comungar pela Igreja Católica. Segundo ele, a excomunhão valerá para “políticos, médicos, legisladores e familiares da paciente”.
O religioso diz que sua posição está baseada na exortação apostólica Sacramentum Caritatis, de Bento XVI, em que se afirma que “quem quiser receber a eucaristia deve proteger a vida desde o início até seu fim natural”.
Ranjith, originário de Sri Lanka, ressaltou que a morte de Eluana se deve a uma “falsa piedade”, e que a paciente morreria “da pior maneira”. O religioso lembrou que, segundo a visão católica, a “vida é um dom de Deus”.
Em uma nota divulgada hoje pela Agência de Informações Religiosas (SIR), o teólogo Marco Doldi afirmou que a defesa da vida de Eluana é uma questão “de ética moral”.
“Neste grave momento para o futuro de nosso país, a Igreja não se cala”, disse o religioso. “A defesa do direito de Eluana à vida é uma questão de ética moral, comum a todos os homens.”
Fonte: O Globo online