A Conferência Episcopal Italiana (CEI), órgão que representa a Igreja Católica no país, anunciou a criação de um “grupo de trabalho multidisciplinar” que terá o objetivo de prevenir e combater casos de abuso sexual.
A medida planeja contar com um acompanhamento. “de maneira sistemática”, das dioceses italianas na questão do abuso sexual .
De acordo com o comunicado da CEI, serão oferecidos “orientação e protocolos” destinados a sacerdote, pais, educadores e operadores pastorais e ajudando na formação dos jovens.
“Em relação a um tema tão grave para a vida da Igreja como o dos abusos sexuais contra menores e adultos vulneráveis, o conselho foi unânime em reiterar a exigência de se encontrar respostas cada vez mais pontuais e adequadas”, diz o comunicado divulgado pela CEI.
De acordo com a nota, o grupo de trabalho vai aprofundar as ações da entidade no âmbito “educativo”, mas também aquelas de caráter jurídico. A iniciativa será coordenada pelo monsenhor Lorenzo Ghizzoni, arcebispo de Ravenna-Cervia.
Na semana passada, o papa Francisco voltou a falar dos casos de pedofilia na Igreja Católica.
No pronunciamento, feito na quinta-feira (21), o pontíficie admitiu que o Vaticano “demorou” para investigar os abusos e anunciour que jamais concederá graça a sacerdotes condenados por esses crimes.
“O abuso é um pecado horrível, completamente oposto e em contradição com o que Cristo e a Igreja ensinam”, disse o Papa.
“A Igreja enfrentou esses crimes como atraso. Talvez a antiga prática de transferir as pessoas [de dioceses], de não enfrentar o problema, adormeceu um pouco a consciência”, argumentou.
Além disso, Franscisco afirmou ainda que “apenas um caso de abuso deve bastar para uma condenação, sem recurso de apelação”. “Quem for condenado por abusos sexuais pode pedir graça ao papa, mas eu nunca assinei uma graça deste e nem assinarei”, prometeu.
Por fim, o papa Franscisco comentou, no discurso que era direcionado à Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores, que os “escândalos de abuso sexual são um estrago terrível para toda a humanidade, os quais atingem tantas crianças, jovens e adultos vulneráveis em todos os países e em todas as sociedades”.
Fonte: iG