Pedofilia na igreja
Pedofilia na igreja

A CEV (Conferência Episcopal da Venezuela) revelou nesta quarta-feira (6) que padres e outros membros da Igreja Católica do país cometeram abusos sexuais contra menores e “pessoas vulneráveis”, cujo número de casos a instituição decidiu manter “em sigilo”.

“Os abusos sexuais, sem exceção, constituem crime e pecado grave contra a vida e a dignidade da pessoa, principalmente quando atingem os mais fracos. Lamentavelmente, membros da Igreja também cometeram esses abusos, causando feridas profundas na vida das vítimas”, afirmou a CEV em comunicado.

No texto, lido em entrevista coletiva pelo primeiro vice-presidente da instituição, monsenhor Mario Moronta, a CEV reconhece que a “Igreja na Venezuela […] recebeu nas dioceses as denúncias que lhe foram apresentadas”, sem especificar em que período foram informados esses relatos ou os locais onde ocorreram.

Posteriormente, segundo o texto, procedeu-se à abertura de inquéritos e processos, “de acordo com a legislação eclesial, e à sanção a padres e outros membros da Igreja que comprovadamente cometeram crimes”.

Segundo Moronta, os dados são mantidos “confidenciais” por “respeito às vítimas” e porque o episcopado está preparando “um estudo bastante sério a esse respeito”, sobre o qual não deu detalhes.

O sacerdote assegurou ainda que a CEV “pediu perdão e acompanhou as vítimas da forma mais abrangente e pastoral”.

No entanto, considerou que a “responsabilidade de cada caso não é da Conferência Episcopal, mas de cada bispo”.

“[A CEV] não se opôs nem se opõe à atuação dos órgãos competentes da Justiça civil nessa matéria de abusos. Pelo contrário, respeita as suas decisões e tem colaborado para esclarecer os fatos em que estiveram envolvidos sacerdotes e membros da Igreja”, destacou o texto.

Da mesma forma, a Igreja Católica da Venezuela constituiu uma comissão de prevenção, composta de bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos especialistas no assunto, e “estabeleceram-se mecanismos para receber denúncias de supostos abusos”.

A instituição também reiterou o compromisso de “promover a dignidade de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis, bem como protegê-los e oferecer-lhes ambientes seguros para seu desenvolvimento integral”.

Folha Gospel com informações de R7

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