A Igreja Católica vai participar da campanha de combate à dengue em Salvador. Nas paróquias, os padres vão lembrar aos fiéis sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a doença.

O compromisso foi anunciado na noite desta terça-feira, depois de uma reunião entre o Cardeal e Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella, e o secretário municipal de saúde, Jorge Solla.

A participação de todos na luta contra o mosquito da dengue é de extrema importância, pois com a temporada de chuva a situação pode piorar tanto em Salvador, quanto no interior do estado. A temporada de chuva no Nordeste começa agora.

Chegam a 32.306 o número de casos de dengue na Bahia, com 29 mortes, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia. Os dados são até a terceira semana de março.

O maior número de casos foi registrado nas cidades de Itabuna, Porto Seguro e Jequié. Em Itabuna, 8 pessoas infectadas morreram. Em Porto Seguro, cinco morreram. Em Jequié, foram três mortes. Na capital baiana, as mortes chegam a três. O número de mortes, porém, pode chegar a 65, já que outros 36 óbitos notificados ainda dependem de exames sorológicos para serem confirmados.

Sete cidades do estado estão em situação de emergência. Dos 417 municípios baianos, 272 apresentaram casos da doença, o que representa 65% do total. Em 81 deles há registro dos tipos mais graves da doença – dengue hemorrágica, febre hemorrágica e síndrome do choque da dengue.

Cidades como Jacobina, Ilhéus e Irecê não registram mortes, mas o número de casos graves está em alta. Em Ilhéus, por exemplo, foram registrados 25 casos deste tipo.

No sábado, em entrevista ao portal IBahia, a coordenadora municipal de Saúde de Salvador, Lucélia Guimarães, alertou para o risco de epidemia da capital.

– Há risco por três razões: primeiro que as chuvas vão chegar, segundo porque estamos com três sorotipos circulando. Esses sorotipos circulantes fazem com que haja sempre pessoas suscetíveis. Há possibilidade de chegar o sorotipo 4, vindo da Venezuela, a qualquer momento. Com isso, a gente tem uma grande população vulnerável. A terceira coisa é que temos percebido, de 1998 para cá, não só o número de casos de dengue clássica, mas um aumento da dengue grave – disse ela.

Fonte: O Globo online

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