A Igeja Católica começa a entrar no combate à gripe A. As dioceses de Santo André, no ABC, do Belém e de Santo Amaro, em São Paulo, recomendam que os fiéis não tenham contato físico durante a missa.
O gesto de dar as mãos na hora do Pai-Nosso e o abraço da paz devem ser evitados para conter a transmissão do vírus H1N1.
O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (22) a 12ª morte causada pela nova gripe. Trata-se de uma menina de 1 ano e seis meses que vivia no ABC e que foi internado em um hospital da região no sábado (18). A cidade onde ocorreu o falecimento, porém, não foi divulgada. Inicialmente, a Secretaria de Estado da Saúde havia informado que a paciente era do sexo masculino. Minutos depois, enviou nota corrigindo a informação.
A criança foi internada com insuficiência respiratória. Em seguida, seu estado de saúde piorou: ela apresentou sinais de choque e teve de ser entubada. Apesar dos esforços, a menina morreu no mesmo dia. Conforme a secretaria, a paciente tinha histórico clínico de anemia.
Também nesta quarta, a cidade de Valinhos, a 85 km de São Paulo, registrou uma morte causada pela nova gripe. A vítima era uma mulher de 27 anos que começou a apresentar os sintomas no último dia 14, de acordo com a prefeitura do município. Seu estado de saúde piorou no dia 17, quando foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Valinhos. Ela morreu no domingo (19). O exame que confirmou a doença ficou pronto na tarde desta quarta-feira (22).
Segundo a prefeitura, ela não viajou recentemente e também não há informações sobre o contato da mulher com pessoas que estiveram em países com grande incidência de casos da doença. Ela aparentemente não tinha problemas de saúde anteriores. A vigilância epidemiológica do município acompanha a família da vítima.
Outra morte ocorrida no município ainda está sendo investigada. Uma mulher de 45 anos morreu no último sábado (18) com suspeita da doença. O exame que pode confirmar se ela estava com a nova gripe ainda não ficou pronto. O filho da vítima, de 15 anos, também apresentou sintomas, mas passa bem.
Mortes no estado
Uma outra morte foi confirmada nesta quarta-feira em Itapetininga, a 170 km de São Paulo. No entanto, a vítima não era moradora da cidade. Segundo a assessoria da prefeitura, o homem morava em São Paulo e se dirigia para Sarapuí, a 150 km da capital, quando passou mal e foi internado no Hospital Regional de Itapetininga. Ele morreu no sábado (18).
Uma jovem de 23 anos que estava com a nova gripe morreu na noite desta terça-feira (21), em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a secretaria municipal de saúde, ela estava em coma há uma semana, e exames já tinham confirmado que ela estava com a nova gripe. A jovem estava internada no Hospital Regional, em Osasco.
Nesta terça, a Secretaria de Saúde de São Paulo divulgou uma nota informando que o estado tinha registrado mais cinco mortes pela nova gripe desde o dia 12 – quatro na capital e uma na região de Campinas. De acordo com a nota, as vítimas da cidade de São Paulo são uma mulher de 68 anos, uma gestante de 27 anos, um homem de 50 e outra mulher, com 44 anos. A paciente de Indaiatuba, na região de Campinas, é uma mulher, de 26 anos.
Primeiras vítimas
As três primeiras vítimas da nova gripe no estado eram de Osasco, na Grande São Paulo, e de Botucatu, no interior. A primeira morte foi de uma menina de 11 anos, ocorrida no dia 30 de junho, em Osasco, e confirmada apenas no dia 10 de julho.
A segunda morte no estado foi confirmada no dia 14, em Botucatu. Trata-se de um homem de 28 anos, que passou a apresentar febre, dor de cabeça, náusea, vômito, tosse e congestão nasal em 1º de julho. Ele procurou o serviço médico no dia 4, quando foi internado. No dia 7, o quadro clínico se agravou e ele morreu três dias depois.
No dia 16, a Secretaria de Saúde confirmou que um homem de 21 anos que tinha morrido em Osasco cinco dias antes também tinha sido vítima da doença.
Fonte: G1
