Após o anúncio, neste mês, de que Bíblias não poderiam mais ser comercializadas on-line, o site de notícias UCAN informou que “livros sobre o cristianismo também foram bloqueados e as licenças comerciais de algumas lojas canceladas” e, de acordo com usuários de mídias sociais, as vendas acabaram em 30 de março.
Livros importantes para outras grandes religiões, como o Alcorão e livros do Budismo, no entanto, não foram retirados de circulação, informou o New York Times.
A proibição não surpreende um dos analistas de perseguição da Portas Abertas: “Essa proibição existe há anos, mas simplesmente não havia sido implementada e agora as autoridades parecem ter intensificado os esforços. Ainda não está claro, no entanto, que porcentagem de Bíblias já foi vendida on-line ou via aplicativos”.
A geração mais jovem será a mais atingida, “mas os chineses são criativos”, disse uma fonte local, que não pôde ser nomeada por segurança.
A Bíblia ainda está disponível gratuitamente em livrarias anexas a igrejas pertencentes ao Estado, o Movimento Patriótico das Três Autonomias, que é controlado pelo governo e tem câmeras instaladas para fins de vigilância.
Uma fonte local no país disse que “algumas igrejas não registradas armazenaram algumas Bíblias impressas em versões diferentes, como Bíblias de estudo, e até agora as autoridades não pediram a remoção delas, embora os pastores sejam convidados ocasionalmente para “tomar chá” com as autoridades. Tomar chá é uma maneira educada de dizer que o governo “os convida” para uma reunião.
Fonte: Missão Portas Abertas