O grupo ETA divulgou um vídeo online renunciando à violência e pedindo um diálogo com as autoridades espanholas e francesas.

Os espanhóis saudaram com cautela, na última sexta-feira, o comunicado do grupo separatista basco ETA de que encerrou décadas de luta armada, e demonstraram ter confiança que não verão outro cessar-fogo ser rompido.

O ETA, um grupo clandestino que foi enfraquecido por centenas de prisões e perda de apoio, matou mais de 800 pessoas em sua campanha para conquistar uma pátria basca em áreas do norte da Espanha e sul da França.

Quinta-feira, o grupo divulgou um vídeo online renunciando à violência e pedindo um diálogo com as autoridades espanholas e francesas para o fim do conflito guerrilheiro.

A declaração foi uma mudança significativa para o ETA e colocou o grupo bem além do cessar-fogo permanente anunciado em janeiro.

Diante do anúncio, a Igreja católica se mostrou cautelosa. Em coletiva de imprensa sexta-feira, o porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, Dom Juan Antonio Martínez Camino, declarou: “Nós estamos com as vítimas”.

O bispo ressaltou que “jamais qualquer órgão do episcopado católico fez avaliações morais, muito menos políticas, de textos do ETA”, adiantando que “também não o vai fazer agora”.

Falando no contexto da reunião da Comissão Permanente da CEE, realizada entre quarta e quinta-feira, Dom Juan Antonio afirmou que o terrorismo é uma “prática intrinsecamente perversa e os terroristas não podem ser reconhecidos como representantes políticos de ninguém”.

[b]Fonte: Rádio Vaticano[/b]

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