Um porta-voz da Igreja Patriótica Chinesa disse hoje que não sabe nada sobre a suposta detenção de Wu Qinjing, bispo chinês ordenado pelo Vaticano sem a aprovação de Pequim, noticiada pela agência vaticana “AsiaNews”.
“Não ouvi nada sobre essa informação”, disse hoje à Efe Liu Bainan, vice-presidente da Igreja Patriótica Chinesa, subordinada ao controle do Estado. Ele considerou “impossível” alguém ser detido simplesmente por ser um “bispo ordenado por Roma” embora não tenha sido autorizado por Pequim.
“Na China há outros bispos clandestinos e não são detidos por essa razão”, ressaltou.
Wu, nomeado pelo Vaticano como bispo de Zhouzhi, na província de Shaanxi, no norte do país, desafiou as autoridades chinesas em maio ao celebrar uma missa com roupas de sacerdote, mas de chapéu vermelho e anel.
Segundo a “AsiaNews”, na diocese de Zhouzhi vivem 60 mil católicos, 54 sacerdotes, 120 seminaristas e 208 religiosas, para 200 igrejas. A ruptura de relações entre a China e o Vaticano aconteceu em 1957, quando o Papa Pio XII excomungou dois bispos designados pelo Governo chinês. O então presidente Mao Tsé-Tung reagiu criando a Igreja Patriótica.
Fonte: EFE