Padres, pastores evangélicos e rabinos estão na lista de freqüentadores da boate gay Le Boy, em Copacabana, no Rio. A afirmação é do dono do estabelecimento, Gilles Lascar.
O teólogo Dom Estêvão Bettencourt afirmou que se um padre for flagrado em danceteria sofrerá censura. “A Igreja não aceita essa libertinagem das boates”, disse.
“É comum. Não é porque um padre vem ouvir um som que ele vai achar uma mulher ou um homem. Se tem padres heterossexuais, porque não pode haver padres gays?”, questionou Gilles Lascar.
Por conta da Lei Estadual 4.355/2004, ele tem que digitalizar a carteira de identidade de seus clientes, medida que condena, por considerar invasão de privacidade. O empresário conta, no entanto, que mantém as imagens arquivadas por apenas 24 horas.
Para checar se a boate está cumprindo a lei, a Secretaria de Segurança promete enviar fiscais lá. A operação Noite Legal começou ontem. Boates são alertadas que têm 45 dias para se adequar ou pagarão multa de R$ 17,5 mil.
O coordenador da operação, Rafael Marzano, disse que o objetivo é facilitar a identificação de criminosos. “Alguns freqüentadores da Le Boy são vítimas do ‘boa noite, Cinderela’. Isso ajuda a identificar os golpistas”, disse, referindo-se ao golpe em que os criminosos drogam as vítimas para cometer assalto ou abuso.
Fonte: O Dia