A Igreja presbiteriana americana decidiu autorizar a realização de casamentos entre homossexuais, um gesto saudado nesta sexta-feira como “histórico” pelas associações que defendem esse direito.
A Assembleia Geral desta Igreja, que conta com 1,9 milhão de fiéis, aprovou na quinta-feira uma “recomendação” que deixa aos oficiantes a liberdade para celebrar “qualquer matrimônio que o Espírito Santo os convide a celebrar” nos estados do país onde a união entre gays é legal.
Outra recomendação muda os termos do livro de ofício, segundo a qual, a partir de agora, o “casamento implica um compromisso único entre duas pessoas”.
“Cristo morreu para que pudéssemos estar reconciliados”, afirma o comunicado.
A Igreja presbiteriana americana (PCUSA), integrada por 10.000 congregações, é uma Igreja protestante de origem escocesa.
Existem outras Igreja presbiterianas nos Estados Unidos, menores, que não celebram o casamento gay.
A Human Rights Campaign (HRC), que luta a favor da igualdade no casamento, saudou como histórica a decisão e indicou que os fiéis sabem agora que “sua religião não os afasta dela e sim dá um passo gigante para ser acolhedora para todos”.
Outras Igreja protestantes autorizam o casamento gay em suas fileiras, de acordo com cada estado, nos quais deixam que os pastores decidam o que fazer, como a Igreja luterana evangélica, a Igreja episcopal americana e os metodistas.
No entanto, na véspera, milhares de pessoas, contrariadas pelo apoio cada vez mais marcado nos Estados Unidos ao casamento gay, se manifestaram em Washington a favor do matrimônio tradicional.
Os manifestantes da segunda “Marcha pelo Casamento” têm o objetivo de expressar “uma mensagem simples e clara: o casamento é a união de um homem e uma mulher”, afirmou Brian Brown, presidente da Organização Nacional para o Casamento. A organização se diz apartidária.
“O casamento deve ser protegido porque as crianças precisam cada vez mais de um pai e uma mãe”, afirmou Brown.
Durante a manifestação, foi enviada uma manifestação ao presidente Barack Obama e ao Congresso expressando que “ninguém tem o direito de redefinir o casamento”.
Em junho de 2013, Suprema Corte invalidou a Lei de Defesa do Casamento, que definia o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher.
Atualmente, 19 dos 50 estados americanos e a capital do país, Washington, autorizam os casamentos de pessoas do mesmo sexo, que contam com o apoio de 55% dos cidadãos, segundo pesquisa Gallup publicado há um mês.
[b]Fonte: EM[/b]