A Igreja Universal do Reino de Deus classificou como “absurda” as suspeitas levantadas pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) a respeito de uma “circulação atípica” de R$ 6 bilhões da instituição religiosa entre 2018 e 2019.
A informação consta na decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) que determinou a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), bispo licenciado da igreja.
Os promotores ligam o que entendem ser uma “movimentação financeira anormal” a uma indevida utilização da igreja para ocultação da renda com o esquema de propinas.
Já o TJ, no despacho sobre a prisão, disse que “chamam a atenção as estreitas relações religiosas mantidas entre o prefeito” e outros membros da igreja envolvidos no esquema. Sobre os R$ 6 bilhões, a Justiça apontou que esse valor “sugere a indevida utilização da Igreja na ocultação da renda espúria auferida com o esquema de propinas”. O despacho não apresenta provas da relação entre a igreja e o esquema.
“Ignorância”
Para se defender, a Universal utilizou um tom ofensivo. “Difícil é saber onde termina a ignorância e onde começa a desonestidade intelectual de quem levanta, abraça ou propaga uma acusação tão tresloucada como esta”, diz a nota da igreja.
A instituição religiosa diz que a informação sobre os R$ 6 bilhões é “caluniosa e mentirosa, que a Universal pode comprovar com sua contabilidade”. Ela também diz que todas as informações já foram prestadas à Justiça.
“Dessa forma, com total transparência, a igreja comprovou que não há ‘movimentação atípica’ ou ‘anormal’. Todos os valores têm origem e destino legais e declarados”, diz a Universal, que aponta que, até o momento, o TJ-RJ “não se pronunciou sobre estas informações prontamente fornecidas pela Universal”.
“Além disso, o valor do tal ‘desvio’ equivaleria a praticamente 20% do orçamento anual do município do Rio de Janeiro. É vergonhoso que alguém sequer imagine que isso seria possível de ser realizado”, diz a instituição religiosa.
A igreja ainda fez críticas à imprensa por divulgar as informações do MP e do TJ, o que qualificou como “triste papel”.
Leia a íntegra da nota abaixo:
Universal confiante que Justiça do RJ achará falsidade em acusações
Ao longo desta terça-feira (22), a Igreja Universal do Reino de Deus foi surpreendida por notícias publicadas pela Imprensa, que trazem a absurda acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de que a Universal da capital fluminense teria uma “movimentação financeira anormal” — ou seja, ilegal.
Segundo esses promotores, a Igreja estaria sendo utilizada pelo prefeito do Rio de Janeiro para “ocultação da renda com o esquema de propinas”.
Difícil é saber onde termina a ignorância e onde começa a desonestidade intelectual de quem levanta, abraça ou propaga uma acusação tão tresloucada como esta.
Em primeiro lugar, é falso que o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) tenha apontado que a Universal recebeu R$ 6 bilhões no Rio de Janeiro e que repassou esse valor para autoridades daquela cidade. É uma informação caluniosa e mentirosa, que a Universal pode comprovar com sua contabilidade.
Sobre esta acusação, a Universal já enviou à desembargadora relatora do processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em outubro de 2020, uma petição esclarecendo cada uma das entradas e saídas dos valores que constam do relatório do Coaf.
Dessa forma, com total transparência, a Igreja comprovou que não há “movimentação atípica” ou “anormal”. Todos os valores têm origem e destino legais e declarados. Até o momento, a desembargadora não se pronunciou sobre estas informações prontamente fornecidas pela Universal.
Além disso, o valor do tal “desvio” equivaleria a praticamente 20% do orçamento anual do município do Rio de Janeiro. É vergonhoso que alguém sequer imagine que isso seria possível de ser realizado.
O vazamento illegal desse relatório por parte da Justiça do Rio de Janeiro, com seu uso para atacar a Universal, já é objeto de uma Reclamação Disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A corregedora Nacional de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura, determinou a apuração dos fatos.
Acusar sem provas é um triste papel geralmente desempenhado por jornalistas e pelas redes sociais. Não se espera isso do Ministério Público e de instituições de Justiça do nosso país.
A Universal confia no Poder Judiciário do Brasil e tem convicção de que, ao fim, a verdade prevalecerá.
UNIcom — Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal
Fonte: UOL e Unicom