Durante muitos anos evangélicos e Carnaval não se misturavam, até que começou a surgir os blocos religiosos que atraem quem quer curtir o feriado de uma forma animada, mas sem bebidas, mulheres peladas, e canções com letras de conteúdo inapropriado.
O Rio de Janeiro receberá, pela primeira vez, blocos evangélicos que passearão pela orla de Copacabana. “O conceito de Carnaval na cidade maravilhosa vai mudar”, diz a chamada do “Evangelismo de Carnaval” organizado pela Igreja Bola de Neve.
Dia 12 de fevereiro, às 12h, evangélicos de diversas denominações se encontrarão no posto 5 de Copacabana. Uma bateria de samba é confirmada para agitar os religiosos que forem participar desse evento, mas além disso, a igreja prepara um show com cantores gospel na quadra da Acadêmicos da Rocinha a partir das 17h.
“A época de Carnaval, segundo o mundo, é marcada por um espírito de sensualismo e vulgaridade. Tenha sabedoria na hora de escolher o que vestir. Vá com roupas leves: a camisa do Evangelismo, um shorts e chinelo”, declara a nota no site do evento.
Além do bloco da Bola de Neve, na Barra da Tijuca terá um outro bloco de evangélicos, o “Sou Cheio de Amor”, organizado pela Igreja Batista Atitude da Barra. Este será o quinto ano que os fiéis da igreja desfilarão, uma festa marcada para o dia 10 de fevereiro, a partir das 15h. Já no dia 12, a igreja levará seu bloco para Copacabana, participando do Evangelismo de Carnaval organizado pela Bola de Neve.
O Bloco Sou Cheio de Amor tem dois trios elétricos, uma bateria com 80 ritmistas e nos anos anteriores chegou a atrair 2.000 pessoas. “As pessoas que estão na praia nós convidamos para participar. Na grande maioria das igrejas as pessoas vão para retiros e nós não, nós vamos para a rua. Isso é o impacto”, explicou Renato Guimarães, coordenador do Impacto de Carnaval 2018 da igreja Batista Atitude.
“Ano passado, 220 pessoas aceitaram Jesus”, conta o coordenador sobre a conversão de fiéis durante o evento, mostrando que de fato eles realizam evangelismo durante a apresentação do bloco.
Aliás, as pessoas que chegam para participar do bloco que estejam com bebida alcoólica nas mãos, logo é abordada por voluntários que oferecem água. “Eles olham para o lado e veem que ninguém está bebendo. Aí a equipe vem com nossa água que tem adesivo com a frase ‘eu sou a fonte da vida’. Distribuímos muita água por conta do calor também”, afirmou Guimarães.
Fonte: JM Notícia