Dos 47,5 mil partos de mães com menos de 19 anos de idade registrados em 2010 na Guatemala, 5,3 mil foram de meninas com menos de 15 anos.

A informação é do representante do programa de Saúde Reprodutiva do Fundo de População e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNFPA), médico Afastando Silva.

O médico participou da Consulta Nacional sobre Igrejas e Direitos Sexuais e Reprodutivos, organizada pelo Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) e reunida na Cidade da Guatemala, de 26 a 28 de junho. Embora seja legalmente um delito manter relações sexuais com pessoas menores de idade, não existe no país uma estatística de punições de responsáveis por tais atos.

Silva estima que a cada ano são realizados 65 mil abortos e que 21 mil mulheres são hospitalizadas para receber tratamento por causa de complicações derivadas dessas intervenções. A proporção é de um aborto para cada seis partos, disse, arrolando, ainda, que um terço das gravidezes não é planejada.

A Guatemala é uma das 11 nações da região que receberam consulta sobre direitos sexuais e reprodutivos, tema da 6. Assembleia Geral do CLAI, que terá lugar em Havana, de 19 a 24 de fevereiros de 2013.

Participaram da Consulta 38 pessoas, homens e mulheres líderes das igrejas Episcopal, Metodista, Presbiteriana e Católica, do Conselho Ecumênico Cristão da Guatemala e do Centro de Estudos Pastorais na América Central.

O bispo diocesano da Igreja Episcopal e presidente da Mesa Nacional do CLAI na Guatemala, Armando Guerra, afirmou que as igrejas deveriam fazer todo o esforço possível para trabalhar, intensamente, para que sejam espaços seguros onde mulheres, homens e crianças possam se sentir protegidos.

[b]Fonte: ALC[/b]

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