“Início do fim dos tempos” foi o comentário do Pastor Neil Barreto da Igreja Batista Betânia do Rio de Janeiro, falando sobre o crime que horrorizou o país e o mundo.
Um atirador com supostas “idéias fundamentalistas islâmicas” matou 12 crianças em uma escola do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira.
Wellington Menezes de Oliveira, 24, que era adotado e caracterizado como reservado e solitário, deixou uma carta de “teor fundamentalista” após atirar nas crianças. Depois disso atirou contra sua própria cabeça quando abordado pela polícia.
Em entrevista à Band News, Roselane, a irmã adotiva de Menezes afirmou que ele era ligado ao Islamismo, não saia de casa, e passava a maior parte do tempo na frente do computador.
“Ele estava muito focado em coisas relacionadas ao Islamismo e tinha deixado a barba crescer muito. Ele era estranho, ficava na internet o dia inteiro lendo temas relacionados e era muito estranho, muito reservado,” disse.
Entretanto, o presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou ainda nesta quinta-feira, que o atirador tinha vínculos com a representação e a religião muçulmana. Além disso, entidade condenou o crime chamando de “insano e inexplicável.”
“[Em relação às informações sobre] uma possível vinculação desse cidadão com a religião islâmica, depois desmentidas [por pessoas próximas a Oliveira], reafirmamos que ele não é Muçulmano e não tem qualquer vínculo com as mesquitas e sociedades beneficentes mantidas pela comunidade em todo o Brasil,” diz a nota oficial da entidade.
Oliveira invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira durante o horário de aula fingindo ser um palestrante. Ao ser questionado o criminoso começou a atirar, matando ao todo 12 crianças, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Foram 10 meninas e 1 menino e o sexo da 12° vítima não foi informado.
As razões para o assassinato são ainda desconhecidas. Entretanto, o coronel Djalma Beltrame do 14° Batalhão da Polícia Militar, afirmou que o atirador deixou uma carta de “teor fundamentalista.” Segundo ele, Oliveira fazia uso de sites muçulmanos.
Na carta Oliveira declarou que os “impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento.”
“Preciso da visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante da minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo que eu fiz rogando para que na sua vida Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.”
Pastor Neil Barreto, da Igreja Batista Betânia, situada próximo ao local onde ocorreu a chacina, comentou sobre a tragédia ao The Christian Post.
“Nós vivemos certamente o início dos tempos dos fins … o que nós vimos hoje foi um ser humano em guerra consigo mesmo … sem sentido para viver.”
Para Barreto, o atirador já era um “morto” e “só estava vivo biologicamente. Ele iria concretizar o que de fato já era – se encontrar com a morte – Porque ele era um morto.”
Segundo o pastor, a informação da irmã de que o atirador era fundamentalista islâmico “não confere,” dizendo que ele era um garoto do bairro que na verdade não encontrou amigos, não tinha relacionamento social, na verdade um garoto que nunca se encontrou consigo.”
Barreto afirma que isso trata de uma ação demoníaca, enquanto enfatiza que as crianças são a esperança para o futuro.
“Essa é uma ação demoníaca que quer roubar de nós a esperança que quer roubar de nós o futuro.”
A Igreja, ele diz, tem pelo menos umas 30 pessoas que estudavam na escola das vítimas, mas nenhuma foi atingida. Vendo pela televisão, ele reconheceu várias mães de sua Igreja. Seus filhos eram próximos das vítimas.
“De alguma forma todos nós fomos alcançados,” disse ele querendo frizar que ele crê que “é uma ação demoníaca, tentando atingir crianças que representam o nosso futuro e a nossa esperança.”
“Mas não vão conseguir,” concluiu ele.
[b]Fonte: Christian Post[/b]