“O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume.”, disparou Bolsonaro.

Em mais uma reação contra o kit anti-homofobia desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) referiu-se à presidente Dilma Rousseff como sendo homossexual em um inflamado discurso nesta quinta-feira (25) em uma audiência na Câmara.

“O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau”, afirmou Bolsonaro.

O discurso do deputado falou sobre a intenção do Ministério da Educação (MEC), que planeja incluir o combate à homofobia nos currículos escolares.

A idéia de criar o kit anti-homofobia teve início a partir da constatação, por meio de pesquisas, de que as escolas brasileiras são, em geral, ambientes hostis para adolescentes homossexuais.

O kit seria composto de cartilhas, cartazes, folders e vídeos educativos, e seria distribuído a 6 mil escolas entre alunos do Ensino Médio. O projeto encontrou ampla oposição da bancada religiosa que pretende derrubá-lo.

Bolsonaro falou com a agência Estado e explicou que sua intenção não era questionar a sexualidade da presidente da República. “Não me interessa a opção sexual dela, eu só não quero que esse material vá para a escola”.

Ele afirmou que estava falando do amor de Dilma com a “causa homossexual”. Ele chegou a comemorar e disse que a polêmica criada em cima da declaração era positiva. “Uma frase equivocada está ajudando a levantar o mérito da discussão”.

O deputado do PP ainda levantou questionamentos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que é pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. “Povo paulistano, será que o Haddad como prefeito vai colocar uma cadeira de homossexualismo no primeiro grau?”, perguntou Bolsonaro.

O parlamentar ainda voltou à Câmara, mas na ocasião foi menos incisivo contra a presidente e sugeriu que ela possa estar sendo enganada por Haddad e pela ministra Maria do Rosário (Direito Humanos) na discussão sobre o combate à homofobia nas escolas.

O pronunciamento de Bolsonaro foi retirado das notas taquigráficas pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, a pedido do deputado Marcon (PT-RS).

A decisão sobre se o pronunciamento permanecerá registrado nos documentos da Casa.
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Fonte: The Christian Post[/b]

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