Presidente dos EUA, Joe Biden. (Foto: Reprodução)
Presidente dos EUA, Joe Biden. (Foto: Reprodução)

“Estou empenhado em fazer tudo o que estiver ao meu alcance, incluindo tomar medidas fortes como a Ordem Executiva que assinei hoje, para salvaguardar o acesso aos cuidados de aborto”. Com essa declaração, Joe Biden justificou a assinatura do decreto, nesta quarta-feira (03), para financiar viagens de mulheres para Estados onde o aborto é permitido

O decreto de Joe Biden pede que o Departamento de Saúde federal considere permitir o uso de verbas do Medicaid, programa de seguro financiado por verbas estaduais e federais que supervisiona, para apoiar mulheres de baixa renda em viagens para fora de seus Estados para serviços relacionados ao aborto, segundo fonte sênior do governo.

Com fisionomia feliz, a vice-presidente Kamala Harris e demais integrantes da equipe de governo assistiram à assinatura do decreto em outro ambiente, devido Biden ter recebido diagnóstico de Covid pela segunda vez.

O decreto pede que o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Xavier Becerra, considere convidar Estados a pedirem isenções ao tratarem pacientes que cruzarem as divisas estaduais para obter acesso a serviços de saúde reprodutiva, afirmou a autoridade, sem dar detalhes adicionais.

É o segundo texto emitido pela Casa Branca – o anterior foi em julho – desde que a Suprema Corte dos EUA derrubou o dispositivo Roe vs. Wade, que dava direito às mulheres fazerem aborto em todo o país.

Segundo o presidente americano, que é do partido Democrata, a Suprema Corte e os republicanos ignoram o poder das mulheres.

O decreto vem um dia após eleitores do Kansas rejeitarem uma iniciativa que removeria as proteções ao aborto da Constituição do Estado. O voto foi uma vitória retumbante para o movimento de direitos ao aborto no primeiro teste estadual desde a decisão da Suprema Corte.

“Eu não acho que a corte tenha alguma noção sobre esse assunto ou o Partido Republicano para esse assunto… como as mulheres vão responder. Eles não têm a menor ideia sobre o poder das mulheres americanas”, disse Biden. “Ontem à noite no Kansas eles descobriram.”

Biden chamou o resultado do Kansas de “vitória decisiva” e disse que os eleitores do Estado enviaram um “sinal poderoso” que deixa claro que os políticos não devem interferir nos direitos fundamentais das mulheres.

“Esta luta não acabou e vimos isso ontem à noite no Kansas”, disse Biden. A Suprema Corte “praticamente desafiou as mulheres neste país a irem às urnas e restaurar o direito de escolha”, que tinha acabado de retirar, disse Biden.

Fonte: Guia-me com informações de UOL e Terra

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