O jornal do Vaticano, “L’Osservatore romano”, definiu hoje de “ultraje ao sentimento religioso” a reportagem publicada na revista italiana “L’Espresso” que reúne as respostas de sacerdotes a falsas confissões sobre temas éticos e sociais da atualidade.

A reportagem que “L’Espresso” publica esta semana em sua capa inclui as respostas dos sacerdotes aos falsos problemas expostos pelo jornalista sobre temas como o uso do preservativo para evitar a aids, a pesquisa sobre células-tronco embrionárias e o homossexualismo.

Para o jornal do Vaticano, se “profanou um sacramento”, “ultrajando o sentimento religioso dos fiéis e enganando a boa fé dos sacerdotes com graves lesões à inviolabilidade do ministério pastoral”.

A reportagem queria provar o que pensavam os sacerdotes das paróquias italianas quando são apresentados a casos reais sobre temas nos quais a Igreja Católica expressou claramente sua doutrina, como o uso do preservativo e o homossexualismo.

“L’Osservatore romano” define a reportagem como uma “vergonha”, um “episódio de gravidade inacreditável” e acusa a revista de ter ultrapassado “os limites impostos pela deontologia profissional”.

Segundo a reportagem, durante a confissão, um dos sacerdotes teria justificado que o suposto confessor tivesse desligado a máquina que mantinha seu pai vivo para que este deixasse de sofrer.

Outro religioso aconselha o católico que está se confessando e que diz ter o vírus do HIV a manter relações sem o preservativo, evitando apenas pensar em se casar.

Em outras confissões, os sacerdotes dizem a um casal que está pensando em um aborto que eles se transformarão em “assassinos”; consideram “um asco” favorecer a prostituição ao “alugar” uma prostituta; e não dão a absolvição a uma pessoa que, após se divorciar, começou uma nova relação.

Fonte: EFE

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