A jornalista hondurenha Kenia Lili González Sánchez foi expulsa da Nicarágua na última sexta-feira por “defender” os padres católicos perseguidos na Nicarágua, segundo a denúncia da vítima em um vídeo publicado em suas redes sociais.
Segundo a jornalista, ela entrou na Nicarágua por um posto fronteiriço com Honduras, onde lhe fizeram perguntas “bastante peculiares” por se apresentar como comunicadora, embora lhe permitissem seguir viagem.
No entanto, estava “a uns 20 ou 30 quilômetros de Manágua” quando agentes em patrulha da Direção Geral de Migração e Estrangeiros bloquearam seu caminho e o informaram que deveria acompanhá-los.
“Eles me mandaram de volta em patrulhas de migração para a fronteira, sem me dar uma única explicação. Obviamente não resisti porque estamos falando de (vários) agentes homens e uma só mulher”, disse a jornalista hondurenha.
No posto fronteiriço, pegaram na mala dela e levaram-na para outro quarto, enquanto ela aguardava uma explicação do sucedido. Depois de vários minutos, leram para ele um documento no qual informavam que “era uma pessoa mal recebida pelo Governo da Nicarágua por fazer publicações em favor dos cristãos na Nicarágua”.
“Posso defender os cristãos da Nicarágua, posso defender os cristãos de qualquer país, porque esse é o meu critério religioso”, disse González.
“Não concordo com a perseguição aos padres na Nicarágua, mas nunca pensei que fosse uma ameaça ao governo da Nicarágua, por isso faço uma denúncia pública, porque o motivo da minha expulsão é defender os padres”, destacou a hondurenha.
Segundo a jornalista, não foi a primeira vez que ela visitou a Nicarágua, já que costuma vir como turista porque é “apaixonada” por vulcões e no país existem “alguns vulcões ativos e muito bonitos”. Porém, desta vez, González ficaria apenas três dias porque seu país de destino era a Costa Rica.
“Existe um regime instalado na Nicarágua que infelizmente todos sabemos como funciona”, lamentou a jornalista.
Folha Gospel com informações de Evangélico Digital