O juiz Jurandir Florêncio Castilho Junior, da 14ª Cara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de liberdade para o pastor Paulo Roberto Alves (foto), acusado de ter estuprado duas menores de 11 e 16 anos, no dia 12 de abril, em Cuiabá.

[img align=left width=300]http://www.midianews.com.br//storage/webdisco/2017/04/13/438×291/4bb9d7db179d7fd61407fcb9c042d1f7.jpg[/img]Segundo o juiz, os depoimentos mostram que o pastor costuma “abordar adolescentes para a prática de atos libidinosos mediante promessa de vantagens pessoais”.

Castilho também afirmou que o pastor demonstra desprezar as leis ao buscar se satisfazer com crianças e adolescentes.

“De igual modo, a segregação merece ser mantida por conveniência da instrução criminal, pois, como bem observou o colega que presidiu a audiência de custódia (…), o denunciado é pessoa desenvolta e persuasiva, o que também ressai dos demais elementos indiciários até então acostados à presenta ação penal, notadamente do depoimento das vítimas, de modo que, solto, poderá tentar influenciar na colheita da prova”, consta na decisão.

Além disso, o juiz disse que não há como garantir que fora da prisão o pastor se mantenha longe das vítimas, familiares e testemunhas, o que poderia trazer ainda mais danos às vítimas e dificultar a apuração do caso.

Os fatos favoráveis a Paulo Roberto, como o desenvolvimento de atividade lícita, ter residência fixa e ser réu primário, não interferiram na decisão, visto que, segundo o juiz, os delitos dos quais o pastor é acusado normalmente são praticados na clandestinidade.

Desta forma, o juiz negou o pedido de liberdade da defesa e decidiu manter a prisão do pastor.

“Posto isso, vislumbrando a presença dos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, e entendendo que, no caso, a segregação não só é necessária como também proporcional, indefiro o pedido, mantendo a prisão do denunciado”.

O juiz ainda solicitou informações sobre a expulsão do pastor da Igreja Assembleia de Deus Grande Templo e os motivos que levaram a igreja a essa ação.

[b]O caso
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De acordo com o boletim de ocorrência, o pastor foi visto por uma viatura da PM deixando duas garotas – de 11 e 16 anos – próximo a um matagal na Avenida das Torres.

Desconfiados, os policiais passaram a fazer o acompanhamento do carro em que o suspeito estava. Porém, ao perceber a viatura, ele fugiu em alta velocidade.

Com isso, os PMs foram até o ponto de ônibus onde as meninas foram deixadas e encontraram as duas ainda no local.

Eles questionaram as garotas, que contaram uma história e, em seguida, os policiais decidiram acompanhar as duas até o bairro onde moram.

Os pais das meninas não estavam em casa. Depois de muito insistir, as duas acabaram confessando que conheciam o suspeito há alguns dias, e que na quarta-feira (12) teriam saído para manter relações sexuais com ele em troca de dinheiro.

A adolescente de 16 anos contou que o pastor teria ligado enquanto ela ainda estava na escola, pedindo para encontrá-la, e insistido para que levasse sua sobrinha – de 11 anos -, pois pagaria às duas uma quantia de R$ 200.

A menina ainda relatou que o pastor ligou novamente assim que as deixou no ponto de ônibus, pedindo para que não contassem à polícia sobre o encontro, e que pagaria mais R$ 200 pelo silêncio.

O pastor foi preso em sua casa e encaminhado para a Central de Flagrantes de Cuiabá, onde as meninas o reconheceram como autor do crime.

No mesmo dia, ele passou por uma audiência de custódia no Fórum da Capital e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.

[b]“Inocente”
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Em um vídeo publicado pelo site Mato Grosso Mais, o pastor negou as acusações.

O político disse que está sendo perseguido por membros da igreja Assembleia de Deus, da qual era membro até cinco anos atrás.

“Eu vou mostrar para Cuiabá que armaram mais uma vez. Eu sou inocente”, afirmou.

[b]Fonte: Mídia News[/b]

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