Depois de 13 anos decidindo se os não muçulmanos, especialmente os cristãos que vivem no Leste da Malásia, podem usar a palavra “Alá” como referência a Deus, a Alta Corte da Malásia decidiu no caso Jill Ireland que os cristãos em todo o país estão agora autorizados a usar a palavra “Alá” e três outras palavras árabes: baitullah (casa de Deus), kaabah (o lugar mais sagrado do islã em Meca) e solat (oração), em publicações religiosas para fins educacionais.
Jill Ireland Lawrence Bill é a mulher cristã que tomou esta ação legal para que ela e muitos outros como ela tenham seus direitos constitucionais de praticar sua religião sem qualquer impedimento garantidos. Em 2008, oito CDs cristãos foram confiscados da mala de Jill no aeroporto quando ela estava voltando da Indonésia. A razão do confisco foi porque aqueles CDs tinham a palavra “Alá”.
Embora os CDs tenham sido devolvidos a Jill posteriormente, ela enfrentou uma batalha na justiça. “Isso é mais do que apenas recuperar os CDs, é sobre o direito de como os cristãos se referem a Deus por muitas gerações”, disse um advogado local, Stephen*. Há alguns meses, a Suprema Corte permitiu aos cristãos em todo o país a liberdade de usar as palavras em publicações para fins de ensino.
A Malásia ocupa o 46º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, onde governo e grupos religiosos monitoram igrejas, e é ilegal compartilhar o evangelho com muçulmanos locais. Os muçulmanos que se convertem ao cristianismo experimentam maior perseguição, já que todos os malaios étnicos devem ser muçulmanos. Esses cristãos são frequentemente forçados a esconder a fé e se encontrar em segredo.
*Nome alterado por segurança.
A perseguição aos cristãos na Malásia ganhou mais notoriedade após o sequestro do pastor Raymond Koh há quatro anos por homens mascarados. Mesmo após tantos anos, ainda não se sabe o paradeiro do líder cristão. Por meio da oração e do envio de um cartão, você leva esperança para a família, mostrando que não foi esquecida. Leia as instruções sobre o envio dos cartões e prepare sua mensagem.
Fonte: Portas Abertas