Sessenta e nove pessoas foram condenadas nesta quarta-feira (29) à prisão perpétua no Egito por participar no incêndio de uma igreja copta em agosto de 2013.

A igreja foi incendiada em 14 de agosto de 2013 em Kerdassa, um subúrbio do Cairo, poucas horas depois de mais de 700 manifestantes pró-Morsi serem mortos por policiais e soldados no centro da capital egípcia.

No Egito, a pena de prisão perpétua equivale a 25 anos de prisão e não pode ir além. Mas centenas de partidários de Morsi foram condenados, desde a destituição de Morsi pelo Exército em 3 de julho de 2013, à pena de morte em julgamentos em massa expedidos em minutos e qualificados pela ONU “sem precedentes na história recente” do mundo.

Um tribunal do Cairo julgou os 69 homens culpados de terem “incendiado a igreja, de tentativa de homicídio (de civis) e posse ilegal de armas”. Dois menores foram condenados a 10 anos de prisão.

Kerdassa era um reduto de partidários de Morsi e de sua Irmandade Muçulmana. Na noite do dia do ataque à igreja, 13 policiais foram mortos em uma delegacia de polícia no mesmo bairro, alguns moradores agindo para vingar as mortes de mais de 700 manifestantes pró-Mursi assassinados a tiros nas praças de Rabaa al-Adawiya e Nahda, no centro do Cairo.

[b]Fonte: G1 via Portal AZ[/b]

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