A Justiça acatou pedido do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), em ação da Promotoria de Justiça de Aracruz, e deu prazo de 24 horas para a retirada de um outdoor, patrocinado pela Primeira Igreja Batista em Aracruz (Pibara), no Espírito Santo.
O outdoor colocado na fachada do templo tem feito com que a igreja sofra ataques por meio das redes sociais e seja alvo de protesto.
O mural defende que “a Bíblia é a única proteção contra o ativismo LGBTQIA+”, e traz a ilustração de uma família protegendo crianças de uma chuva de arco-íris. Nesta sexta-feira (22), a Justiça determinou que o outdoor seja removido.
Na ação civil pública o MPES afirma que o outdoor é uma agressão gratuita, sem qualquer lastro passível para justificar a mensagem publicada, não havendo notícias de que o movimento LGBTQIA+ estaria perturbando famílias ou empreendendo qualquer espécie de ataque a instituições religiosas em atividade no município de Aracruz.
Segundo a decisão da juíza Ana Flavia Melo Vello, da Segunda Vara Cível, a igreja tem 24 horas para cumprir a decisão da Justiça ou terá que pagar multa diária de R$ 2 mil.
De acordo com o pastor Luciano Estevam Gomes, que lidera a igreja em questão, essa não é a primeira vez que a Pibara sofre perseguição por esse motivo, tendo sido até processada pelo Ministério Público.
– Nós tivemos um outdoor que nós postamos protestando contra a colocação da Thammy Gretchen como representante do dia dos pais da empresa Natura. Na ocasião, nós fomos até processados pelo Ministério Público, que teve que arquivar o processo porque nós não falamos nada mais, nada menos que não é natural colocar uma mulher como símbolo do dia dos pais, quando a Bíblia diz ser o homem. Então, homens, feliz dia dos pais. O Ministério Público achou que não houve nenhuma ofensa. Como neste de agora, não há nenhuma ofensa – acrescentou.
O líder cristão também enumerou sugestões acerca da postura que a Igreja deve adotar para preservar os princípios bíblicos em meio às novas gerações.
– Como proteger as crianças? A primeira coisa é o posicionamento. Famílias, igreja e autoridades participando dos conselhos municipais, protestando contra as coisas que são contra a Bíblia, que são contra os princípios e valores do cristianismo. Se nós nos calarmos, as pedras clamarão. Então é importante a Igreja promover seminários para discutir esses assuntos. (…) Eu acho que há muita coisa para se fazer, inclusive no âmbito denominacional. Nós não vemos as denominações se movimentando para fazer fóruns de debate sobre esses assuntos – observou.
Folha Gospel com informações de Portal 27 e Pleno.News