Com um bilhete informando que não sabia que os produtos haviam sido furtados da comunidade paroquial, receptadores deixaram diante da porta de uma paroquiana parte do produto do furto ocorrido sexta-feira no salão da comunidade Nossa Senhora de Fátima, uma das oito que integram a paróquia Santa Luzia, no Jardim dos Oliveiras.
Na ocasião, os ladrões levaram alimentos, refrigerantes, copos e pratos descartáveis, além de torneiras e talheres, que seriam utilizados numa festa que a paróquia promove para a comunidade no começo de outubro. “Tudo que temos aqui é produto de mutirões e doações. É tudo para a comunidade. Quem fez isso está contra os próprios moradores, que são os beneficiados pelas ações da paróquia”, lamentou o padre João Batista Silvestre, por ocasião do furto, acrescentando que o local já foi alvo de invasões em quatro outras ocasiões.
No bilhete deixado junto com os produtos do furto, a pessoa afirmava que estava “devolvendo o que comprei dos meninos, porque não sabia que era da igreja”. Mesmo com a devolução, o padre não isenta a pessoa que comprou os produtos do furto. “Receptação nunca. Se querem roubar, que roubem do Calheiros (senador Renan Calheiros), que não tem como provar que as coisas são dele e, portanto, não fará denúncias. Não de gente pobre”, disparou o sacerdote.
Ele afirmou ainda que os objetos devolvidos representam menos de 10% de tudo que foi levado. Os alimentos e refrigerantes não foram devolvidos. O padre João aproveitou para cobrar mais ação do Conselho de Segurança (Conseg) da região. “Há muito tempo não tem reunião do Conseg nesta região. Queremos ser avisados quando tiver”, arremata.
Fonte: Cosmo Online